quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Matisse Hoje



Eu fiquei imensamente feliz quando, na década de 90, pude ver as obras de Rodin, na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Foi uma grande e importante exposição aquela. Naquele tempo, eu dava aulas para um grupo lindo e imenso de meninas (havia também alguns poucos meninos), que faziam o Ensino Médio, o Curso de Magistério, no extinto Projeto CEFAM (Centro de Formação e Aperfeiçoamento do Magistério) do Governo do Estado de São Paulo. Portanto, era uma escola pública e que ficava no Itaim Bibi. (um tempo depois, aquela escola foi demolida para a ampliação da Av. Faria Lima. :p) Foi um momento bastante importante para mim, o dessa experiência de levar tais alunos para a Pinacoteca, a fim de vermos a exposição de Rodin.
A verdade é que sinto saudades desse momento mágico de levar alunos para um Museu, acredito que ele é sempre profícuo no que concerne à arte-educação. É importante frequentar museus, sim. Isso sempre me aconteceu, quando eu próprio era criança e depois, já adulto, atuando como professor e, portanto, possibilitando o mesmo às demais gerações. Tanto falamos das obras desses geniais artistas, que, assim sendo, o momento de estar diante de um original de um grande pintor ou escultor é impar para os alunos. Sobretudo, porque esses originais, em geral, estão sempre expostos em museus, aos quais não conseguimos jamais chegar, ou mesmo em coleções particulares, ou seja, protegidos pelas redomas de seus colecionadores.
Na minha honesta e modestíssima opinião, essas exposições deveriam ocorrer mais vezes. Na verdade, deveriam ocorrer o tempo todo, em todos os lugares. As obras desses artistas deveriam estar em constante movimento itinerante, em uma verdadeira marcha de quadros e esculturas e desenhos e instalações de arte lembrando às crianças, aos jovens, adultos e idosos, enfim, a todas as gerações, o que importa lembrar: que a vida é criação.
Dispersei-me um tanto, mas o que de fato queria dizer aqui é que estou novamente tomado de contentamento. Agora é a vez de Matisse, que eu idolatro desde há muito, ser visto na mesma Pinacoteca, em São Paulo.
Vejam a introdução do release que me encaminharam:
A Pinacoteca do Estado de São Paulo apresenta, pela primeira vez no Brasil, exposição individual de Henri Matisse (Le Cateau-Cambrésis, França, 1869 – Nice, França, 1954), um dos mais destacados artistas do século XX. A mostra exibe cerca de 80 obras que integram importantes coleções públicas e privadas, da França e do Brasil. Entre elas o Musée National d’Art Moderne – Centre Pompidou (Paris), a Biblioteca Nacional da França e o Musée Matisse (Le Cateau-Cambrésis - França). Além das obras de Matisse, a exposição será acompanhada por trabalhos de cinco artistas da cena francesa contemporânea que dialogam com a obra do artista. Com curadoria de Emilie Ovaere, curadora adjunta do Musée Matisse, e assistência de Regina Teixeira de Barros, do corpo técnico da Pinacoteca do Estado. Esta exposição faz parte das comemorações do Ano da França no Brasil, organizado, no Brasil, pelo Comissariado Geral Brasileiro, e pelos Ministérios da Cultura e das Relações Exteriores. Na França, pelo Comissariado Geral Francês, pelos Ministérios das Relações Exteriores e Européias e da Cultura e da Comunicação, e por CulturesFrance. Exposição realizada com o apoio excepcional da Biblioteca Nacional da França.
Abertura dia 05 de setembro, sábado, a partir das 11h.
Em cartaz até 01 de novembro de 2009.
Penso que essa exposição vá render outros posts ainda. Eu não consigo não me emocionar com esse artista. Importante: precisaremos também ficar atentos para os franceses contemporâneos que dialogam com Matisse, ou seja, Cécile Bart, Christophe Cuzin, Frédérique Lucien, Pierre Mabille e Philippe Richard. Estarão todos participando da exposição aussi.



3 comentários:

  1. Imperdível!

    e eu me lembro bem dessa exposição do Rodin, foi 94 ou 95, acho, começo da faculdade... e me marcou mto, pelo Rodin, que eu adorava, mas mais pq foi a primeira vez que fui à Pinacoteca, e fiquei deslumbrada!

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  2. Querido,
    também levei alunos de todas as idades a essa exposição e a tantas outras... sempre diversão e encantamento garantidos. Já levei crianças de quatro anos a uma exposição de gravuras do Picasso, todas muito pequenas, penduradas a 1,65m do chão, altura confortável para os olhos de um adulto, mas....
    Acabei com minhas costas, mas alimentei minh'alma....
    Matisse não se pode perder, não é mesmo:)

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  3. Kika,
    Aquela exposição vai ficar na história, mesmo!
    Veja só: Rodin, uma experiência nossa em comum.
    Ah, e a Pinacoteca é um encanto de lugar.

    Lilian,
    Arrasou, levando os pequeninos e levantando-os até Picasso.
    Vamos "cabular" aula para ver Matisse em grupo?

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