segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Leda Catunda




Lembro-me da primeira vez que vi um trabalho de Leda Catunda. Foi em uma Bienal, no Ibirapuera, e estávamos na década de 80. Fiquei encantado! A Leda é uma artista da chamada geração de 80. A mim, caríssima, porque seu trabalho emociona o meu ser e também talvez porque a década de 80 foi a da minha adolescência e eu, então adolescente, fiquei embasbacado com aqueles tecidos todos que desciam do alto como cachoeiras carregando peixes traslúcidos, feitos de outros tantos tecidos finíssimos. Acho seu trabalho inesquecível e vejo que ele se liga, ao menos em relação ao que pude acompanhar naquela década, a uma atividade artística em que se criava uma narrativa bastante eloquente, por meio da profusão de imagens que evocava. Depois, na década de 90, será possível notar que o orgânico e o geométrico surgirão com força no seu trabalho.
Pois bem, quem já conhece e curte como eu, ou mesmo quem nunca conheceu, ambos grupos terão oportunidade de ver cerca de 70 obras que montam um grande panorama de sua carreira e que estão na mostra que a Estação Pinacoteca abriu no último sábado, 15 de agosto.
Quem for à Estação poderá conhecer também o trabalho do português José Pedro Croft, mas desse eu não posso falar porque não conheço. Sei tão somente que são 33 gravuras de metal imensas: a produção recente do artista. A ver.

Estação Pinacoteca Lgo. General Osório, 66 - São Paulo - Tel. 11 3337 0185
www.pinacoteca.org.br




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