quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Graham Rawle





Ontem, eu estava lendo a TPM de uma amiga. TPM é aquela revista ótima feita por um grupo de jornalistas admiráveis (para quem não conhece, ela é a versão feminina da TRIP). Então, fiquei conhecendo um artista que desde já considero genial. Trata-se do inglês (mais um! Vide Política, de Adam Trirlwell e She is a likeable person): Graham Rawle. Ele é um escritor mas, sobretudo, um artista que trabalha com colagem e incorpora nos seus trabalhos ilustrações, design, fotografia e instalações. Ele produziu uma série de trabalhos que apareceram no Weekend Guardian, por 15 anos, chamada Lost Consonants. Também produziu trabalhos para o The Observer e para a The Sunday Telegraph Magazine e, mais recentemente, produz uma série chamada Bright Ideas para o The Times.
Seus livros, dizem, são também o máximo: The Wonder Book of Fun, Lying Doggo, Diary of an Amateur Photographer e também uma adaptação de O Mágico de Oz.
Contudo, o mais aclamado pela crítica foi o Woman’s World, um romance que ele escreveu utilizando recortes de revistas femininas das décadas de 50 e 60. Ele o chamou "a graphic novel" isso, tão somente, porque ele realmente recortou e colou todas as frases que compõem o romance, extraindo-as dessas revistas. E, com isso, criou uma história que ao que tudo indica é interessantíssima: Trata-se da história de um travesti que deseja ser uma mulher comum, como aquelas leitoras das tais revistas de época. It is Amazing! ;-D
Importante: Nós todos teremos que ler esse livro no original, não poderá haver tradução porque as páginas dos livros trazem a história mas também o visual poderosíssimo, semanticamente falando.
Além da entrevista na TPM (que você pode ler nesse link: http://revistatpm.uol.com.br/revista/78/bazar/tarefa-de-casa.html), também encontrei uma entrevista do moço em um blog muito simpático chamado SpaceTMLab. As perguntas dos rapazes do blog são bastante inteligentes e as respostas ainda melhores. Uma última pergunta que eles fazem ao artista é a seguinte:
Seu trabalho é feito com uma quantidade considerável de partes de bonecas. O que elas têm que lhe atraí tanto?
Na resposta, ele diz que tem uma tendência a buscar seu material em bonecas quebradas, usadas etc. para obter as partes que ele precisa e construir suas personagens e que ele sempre gostou de bonecas, desde criança, mas que sempre esteve mais interessado em despi-las do que em vesti-las e que se sente particularmente atraído por aquelas que são bonitas. É o caso da que ele utilizou para a personagem Dorothy de O Mágico de Oz (vide a imagem acima). Ele acha que ela tem um rostinho adorável. Disse também que continua trabalhando com essa boneca porque eles têm uma espécie de relacionamento muito especial. (Entre parênteses ele comenta que provavelmente - por dizer essas coisas - está fazendo uma imagem muito repugnante e esquisita de si mesmo para as pessoas. ;-D)
Quer ler o restante da entrevista, no original e não nessa minha versão brasileira sofrível? Então, vá lá:
www.spacetmlab.blogspot.com/2008/12/interview-spa...
He is so likeable!
And... he has got a blog:
http://www.grahamrawle.blogspot.com/


2 comentários:

  1. a tpm é ótima mesmo. e adorei esse cara, obrigada por dividir mais essa! e eu fui lá no site brincar de Pollock tb!

    bj

    ResponderExcluir
  2. Kika,
    Quando eu descobri a TPM pensei: "Essas meninas não são caretas!"
    Estou particularmente feliz essa semana porque descobri todas essas delícias: o trabalho sensível desse inglês, o site divertido do Pollock, enfim, não dá para ficar sem se divertir e/ou aprender mais e mais nesse nosso imenso mundo, não é mesmo?

    ResponderExcluir