terça-feira, 18 de agosto de 2009

At Work

Em toda profissão haverá os ossos do ofício, o prato de sal, o salve-se quem puder. Sim, não há jeito com isso. Mesmo que a pessoa ame o que faz, tenha prazer em fazê-lo, ou seja, que seja a felizarda e que possa dizer Eu amo o meu trabalho (o que, aliás, para a imensa maioria não é o caso :p).
Eu, de verdade, amo o meu trabalho atual, como amei tantos outros...
Mas é que no meu caso, trata-se de uma tarefa singela, a minha. Ou seja, a de revisão de textos. Digo singela, assim como poderia dizer marginal. E por que escolho tais qualificativos? Para citar entre os inúmeros, apenas dois motivos para tais possíveis nuances do trabalho do revisor: todo aquele que precisa de meus préstimos valoriza o meu trabalho tão somente no tempo efêmero da sua necessidade. E ainda: a tarefa de alquimia, à qual me lanço para que o texto transfigurado surja, ocorre num lugar secreto, de coxia, de bastidor das letras e quando o texto volta para o seu palco (para os holofotes também temporários de sua nova assunção) não se fala mais naquela tarefa ou no tarefeiro que lhe permitiu a configuração textual final: a de texto publicável/publicado.
Assim, o revisor é um profissional que carece de status, rsrsrs
Isso, sinceramente, no meu momento pessoal, também acho que é um bom motivo para eu gostar de atuar como um revisor: é que tenho pânico de Paparazzi!
Um excelente motivo para eu gostar de fazer revisão? Estou o tempo todo aprendendo, estudando, correndo em busca do socorro dos dicionários e gramáticas. Além disso, ser revisor é também uma lição de humildade diante do tempo, posto que a tarefa como que infinita de alterar um texto tem, por sua vez, de ter um fim. Então, é preciso aceitar o momento deadline e dizer: Está bom. (Mesmo que ainda não esteja de todo... ;-D)
Ah, uma outra profissão que eu também gostaria de ter: a de guia turístico nas ilhas da Polinésia Francesa. Quais serão os ossos desse ofício?
E você, quais são os ossos do seu ofício?

3 comentários:

  1. como vc é lindo! e ótimo com as palavras sim. não se preocupe pois não vou te deixar em paz, virei sempre fuçar por aqui. e qdo vc for guia na Polinésia eu vou lá fazer um tour.

    não fica assim de luto, querido, pq parei com o bloguinho mas continuo existindo (pára de já querer esquecer que eu existo!). tb te adoro. e pode inclusive me mandar e-mail se eu sumir (mas não vou sumir!)

    obrigada pelas palavras,

    um beijo.

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  2. Rapaz, com essa nova "deforma" ortográfica, então, as revisões devem ter ficado animadas....
    Mas não mais animadas do a Polinésia Francesa, certamente.

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  3. Kika,
    Fiquei mais tranquilizado agora.

    Obrigado a você por tudo tudo tudo.

    Gosto de você um montãaaaaaaaaaaaao assim. ;D

    Lilian,
    A coisa toda ficou animadíssima. rsrsrs
    A Polinésia foi uma piada que eu acho que todo mundo gostou. Mas ela é linda, não é?

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