segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Vladimir Dimitrov from Bulgaria by Enric from Bosphorus

Outro dia, eu conheci um trabalho de um artista búlgaro chamado Vladimir Dimitrov, aqui pela web.
Embora eu não tenha muitas informações a respeito da história e cultura da Bulgária, tenho um apreço especial por esse país porque, quando morei em Brasília, tive uma amiga que falava búlgaro e que vivera em Sofia, capital daquele país. Ela me contou passagens extraordinárias da vida das pessoas com as quais ela conviveu na ocasião. Além disso, ela também me contava da paisagem característica de sua geografia e dos monumentos belíssimos desse país tão antigo.
Pois bem, eu não pensei em fazer um post a respeito de Dimitrov, anteriormente, porque seu trabalho deixou-me boquiaberto e fiquei sem palavras. Cheguei mesmo a pensar: o que eu poderia dizer diante dessas mulheres incríveis, diante de tanta cor e tanta vivacidade, verdade e poder?

Foi quando comentei com meu amigo Enric, lá no seu blog, o Bosphorus, acerca de Dimitrov, porque eu tinha acabado de travar contato com essa informação e achei uma coincidência feliz o fato de eu estar voltado para a Bulgária, no mesmo momento em que Enric falava das vozes búlgaras lá so seu blog, e isso por conta de que nos apresentava o sexteto que divulga a música corsa (vide A Filetta, no link ao lado).
Esse meu amigo Enric, que é uma pessoa muito, muito inteligente e também ele um artista, então, falou-me de sua impressão acerca do pintor búlgaro e, acreditem, ela é tão melhor do que a minha que eu tenho que compartilhar:

Reconozco con la frente bajada y la mirada pegada al asfalto que no conocía la obra de Vladimir Dimitrov. Naturalmente he estado fisgoneando por ahí y, vaya, es EXTRAORDINARIO !!! Algunas imágenes (y no sé exactamente porqué) me han conducido levitando, como por un pasillo en corriente de aire muy potente, hacia sensaciones "klimtianas", al tacto frágil de panes de oro de Plovdiv y campos de Tracia donde, en pequeños castillos (hermosos), todavía resuena el silbido doble de un kaval o de una gaida. Gracias por la aportación impagable !

Reconheço de semblante baixado e com o olhar pegado ao asfalto que não conhecia a obra de Vladimir Dimitrov. Naturalmente, estive fisgando por aí e, vaia, é EXTRAORDINÁRIO !!! Algumas imagens (e não sei exatamente o porquê) conduziram-me, levitando, como por um corredor, em uma corrente de ar muito potente, até sensações "klintianas", ao tato frágil de panes de oro [tinta a base de ouro que recobre gravuras, quiça monumentos, provavelmente torres de igrejas etc] de Plovdiv [cidade da Bulgária, muito antiga, com mais de 6.000 anos] e campos da Trácia onde, em pequenos castelos (formosos), todavia ressoa o silvo duplo de um Kaval (instrumento de sopro, uma flauta comum na Turquia, Bulgária etc.) ou de uma gaita. [semelhante a gaita de foles, com aquela bolsa de ar] Obrigado pela aportáción impagável [esse "aportácion" é intraduzível, seria a "ação de entregar a cada um a sua cota, conjunto de bens entregues", penso que ele quis dizer que eu restitui a ele algo precioso e que ele já possuía dentro de si, ou seja, o bem querer a esse artista e seu trabalho, que pertence a esse universo cultural tão caro ao meu amigo catalão]

Por tudo isso, vejam, então, um tanto da obra de Vladimir Dimitrov.











4 comentários:

  1. Enric, de além-mar, é um achado dos achados: sempre fico fã das coisas de que ele é fã e partilha com a gente.

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  2. Querido Josafá,

    Dar las gracias será, ahora, una redundancia que no podemos permitirnos (más que nada por aquello de que la repetición, a menos que la practique en un pentagrama el genial Philip Glass, acaba por aburrir) ni tú, ni yo. Aprecia, no obstante, una suave curva en mi sonrisa, un gesto amable de confort...

    Bulgaria es un país que me interesa desde hace bastantes años y del cual he adquirido una buena cantidad de grabaciones folclóricas que van desde el más puro canto coral de tradición macedonia hasta las dulces tonadas montañesas de Pirin. También me interesó, desde siempre, la busqueda de las raíces judías de la diáspora sefárdica. Así, en Bulgaria se conserva una nutrida comunidad que conserva la lengua de Sefarad y, de vez en cuando, nos regala con algún documento sonoro de las viejas (y también nuevas) canciones en la antigua lengua de los judíos españoles.
    El folclóre búlgaro es, realmente, insondable y muy rico, cuy complejo, muy difícil de llegar a comprender para un no iniciado en la materia. Y es por eso que las Angelite, las famosas Voces Búlgaras, cubren la función de “oficina de turismo” musical bulgara en el mundo entero.
    De todas maneras es triste observar, como siempre, que otros grandes músicos de esa nación quedan relegados a la marginalidad de los “folkies”, de los seguidores de rarezas en la ya catalogada como World Music.
    He de subrayar que para mi hay un músico que es, como un semi-Dios, y merecería estar en los altares de los grandes nombre de la música europea y, porqué no, mundial. Se trata de el grandísimo Theodosii Spassov, el kaval más hermoso de Bulgaria. Pero no quedarnos ahí sería, en realidad, aburrir al respetable público (aburrido ya de serie).

    Con respecto a Vladimir Dimitrov, la verdad, quedo en deuda contigo. Me parece un artista más que interesante y más que inspirado. Veo en la seriedad de los rostros la expresión tan habitual en el Este europeo (desde Polonia y Eslovakia hasta Eslovenia o el este de l este de Hungría (allí donde se paren esos vinos tan embriagadoramente amorosos de Tokaj-Hegyalja). La seriedad, no solamente en la iglesia (devoción absoluta!) sino que incluso en la borrachera o ante un artista desconocido y chocante. Es un carácter que, a pesar de ser tan distinto al de aquí (al del Mediterráneo) me enamoró desde el primer momento, desde la primera cerveza en un viejo bar checo...
    Y es la pintura, es la cocina (excelente cocina polaca y húngara!), es la música y el teatro... y son sus compositores (tan famosos como Kieslowski o Penderecki)... el Este de Europa es un lugar de riqueza infinita y, tristemente, en muchas ocasiones, terriblemente desconocida.
    De Dimitrov también dije: “...orar, cantar, susurrar, vociferar, estremecerse en el extremo de lo finiquitado, lo etéreo e insondable. La trascendencia de los insultos eternos. La verdad que esconden los besos que besan los pies de los Cristos en pequeñas iglesias de piedra milenaria, románica, mohosa memoria del los desmemoriados... ”. Y quiero añadir algunas ideas que, desde que miro (y admiro) su obra me han sorprendido en una esquina, con una navaja en la mano y exigiéndome la plata inexistente de mis bolsillos: “No es solamente el simbolismo de Klimt o la sombra (sea alargada o no) de la Kalho; y no es, tampoco, el brillo de los Pantocrator de expresión cercana al hieratismo... pero sí el color y la mirada, la mirada, la mirada de las campesinas de Shoppe, Graovo o Pazardjik... la fruta madura, el velo virginal, las tareas de lavandera o esa seria estatua que vive y respira al son de una gaida lenta como los cantos de Pirin. Vladimir Dimitrov fue (y será para siempre), sin duda, un hombre del pueblo, un padre y un maestro. Cronista, finalmente, de la imagen búlgara”.

    Sin más (pido disculpas por la extensión del texto) dejo la página a nuevas buenas y a pajarracos negros (de los que se zampan las cosechas de grano).

    Un abrazo y adelante !

    P.S. Un abrazo cordial a la demasiado generosa Luciana.

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  3. Eu estou absolutamente satisfeito por essa postagem trazer uma citação sua e ainda contar com esse seu comentário feliz e generoso, que se revistiu de uma verdadeira aula a respeito da cultura da Bulgária. Sugerindo a todos nós que conheçamos essa riqueza imensa, na verdade, da cultura de todos os países do leste europeu.
    Você escreve de um modo único: consegue prender a atenção da pessoa que lê o seu texto e que, no entanto, é, sim!, verborragico, pleno de informação. A mim me encanta! Uma vez que quanto mais eu aprendo mais quero aprender. ;-D
    Aliás, Enric, a melhor amizade é a que nos enriquece a bagagem cultural, porque a cultura humana é o que nos alimenta o espírito e é desse alimento que necessitamos mais em mais. Esses cronistas todos, em seus diferentes modos de expressão, seja no cinema, na pintura, na música, na literatura: são eles que nos fortalecem a ir adelante! A Luciana também é sua fã, eu partilho com ela muito do que você me conta, me sugere, me ensina. Ela deve ter adorado essa postagem, como aliás demonstrou no comentário anterior. Beijos, Lu.
    Viva a amizade! \o/

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  4. !! آمين ,او... آمونا آمونا
    :)

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