quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Exposição O Brasil de John Graz


Hoje às 13h, em São Paulo, não chovia. Pelo contrário, o sol de verão reinava por completo e saí à rua bastante contente tão somente por esse estio. Dirigi-me à Caixa Cultural da Praça da Sé. Encontrei-me, então, dentro de um imenso salão repleto de quadros na parede. Quando vi aqueles desenhos, que variavam as técnicas do grafite e guache no papel, concordei com os organizadores dessa exposição que nos falam acerca da elegância do trabalho artístico de John Louis Graz. Esse suíço, radicado no Brasil desde 1920, sorveu as paisagens, as formas e a gente brasileira criando um universo brasilianista, que, penso, nunca fora visto antes. Ele é popular, colorido, tem uma relação de observador da natureza muito refinada, porque é simples e muito, muito poético.

Eu recomendo a visita a essa exposição que também tem imagens dos móveis que ele criou, de decorações que planejou para diferentes e importantes casas paulistanas e ainda umas esculturas que são como jóias, assim como jóias propriamente e que são como esculturas...
Não é à toa que ele era chamado de artista total por unir arte, arquitetura e designer na linguagem toda própria que criou.
Recomendo, para quem não pode vir a São Paulo, conhecer o site do Instituto John Graz.
Esse é mais um artista que eu fiquei encantado em conhecer. ;-D
Clique na imagem abaixo para obter outras informações.


2 comentários:

  1. Son tan pequeños los dedos, tan escasa la sangre que brota de sus pinceles...
    Y sin embargo, pertinaz, sigue la senda oscura de expresarse.

    Y es el color, como un enfermedad incurable, el que guía sus pasos, como si la voz trémula de Eleni Bitali fuera una ola de bruma en en Bósforo. Pero no. Es demasiado plástico, casi infantil el infanticidio...
    Es, creeme, un mundo pequeño, como una miniatura o un juguete roto y apartado en un rincón de la casa en penumbras. Es, probablemente, un pájaro herido que quedó desplumado. La maldición de querer expresar lo que solamente el color y la mancha, si acaso la textura ingrata, pueden delatar.

    Y aquí, frente a la masa de rojos y azules de una mar (o tal vez fuera un río -no recuerdo-) ese tipo buscaba los cangrejos como quien se busca una noche en un bar oscuro del puerto: mujeres y hombres despedazados que esperan la muerte que el barman servirá: glasses please whaiter !: en la cama rota de las pensiones, frente al ronroneo persistente de cascos de buques rusos o panameños, con banderas triangulares y una especie de frustración en los colores de una patria azul, marina, solitaria.

    Me gusta mucho la dejadez en John Graz. detesto su línea. Me atrae la idea. Acabo por amar su obra...

    Abraço camarada (ya ves como estoy).

    Bj.!

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  2. Sim, concordo que é muito pertinente seguir a senda obscura da expressão. Muito boa essa sua ideia de que o demasiado plástico é quase infantil ou até mesmo uma espécie de infanticídio.
    Acho mesmo que se trata de uma "delação" essa expressão que se dá como um acaso de uma textura, que pode, por vezes, ser ingrata uma vez que só se pode fazer por manchas coloridas.

    Que delícia a leitura dessa "busca dos caranguejos" como a expressão da vida mesma de homens e mulheres buscando o prazer em meio ao sofrimento: totalmente "manguebeat" essa sua leitura. ¿Conoces Chico Science?

    O mais comovente de todo o seu comentário, embora ele todo me comova: Me gusta mucho la dejadez en John Graz. detesto su línea. Me atrae la idea. Acabo por amar su obra... Espero que dejadez esteja aqui no sentido de "abandono de si mesmo e de suas próprias coisas" ou até mesmo de "preguiça" (a preguiça que se aprende a sentir nos trópicos e que o suiço por certo aprendeu) e jamais no sentido de desleixo ou negligência. Tive que consultar meu dicionário de espanhol-português para entender o sentido de dejadez. rsrsrs

    E, por fim, sem dúvida é melhor nos sentirmos atraídos pela ideia do que pela linha, não é mesmo?

    Vejo como estás e já o sentira desde que se referiu a Bosphoro mais acima...

    Um abraço e um sentimento de gratidão por seu comentário tão vívido e sensível ao tema proposto nesse post.

    bj.

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