No último dia 7, muitos lembraram que faz 20 anos que não temos mais a presença física de Eliseth Cardoso entre nós. Por exemplo, a Rolling Stone, que fala do relançamento de um importante livro que é a biografia da cantora.
A Folha de hoje, por sua vez, fala de um musical que estreia amanhã, no Frei Caneca, centrado nessa grande personagem da nossa música.
Ela foi uma cantora que quase completou 70 anos de carreira e as novas gerações mal ouviram falar na sua existência! Eliseth era eclética e cantou de tudo, mas foi o samba o gênero em que se fixou, de um modo como ninguém mais pode fazê-lo. Ela era única. Tamanha personalidade resultou que a chamavam por diferentes epítetos. Acho todos lindos:
A Noiva do Samba-Canção,
Lady do Samba (pelo seu donaire ao cantar),
ou ainda, Machado de Assis da Seresta.
Mulata Maior (esse, eu acho maravilhoso).
A Magnífica (apelido dado por Mister Eco), e
A Enluarada (por Hermínio Bello de Carvalho).
O mais adorável, no entanto, foi o criado por Haroldo Costa e que é aquele que permaneceu para sempre ligado ao nome da cantora –
A Divina.
A Divina Eliseth Cardoso faleceu em 07 de Maio de 1990 e, como tudo que é da ordem do Divino, merece um eterno tributo.
Sei lá, Mangueira
(Paulinho da Viola e Hermínio Bello de Carvalho)
Mangueira
Teu cenário é uma beleza
Que a natureza criou...
Vista assim do alto
Mais parece um céu no chão
Sei lá
Em Mangueira a poesia
Feito um mar se alastrou
E a beleza do lugar
Pra se entender
Tem que se achar
Que a vida não é só isso que se vê
É um pouco mais
Que os olhos não conseguem perceber
E as mãos não ousam tocar
E os pés recusam pisar
Sei lá não sei
Sei lá não sei
Não sei se toda a beleza
De que lhes falo
Sai tão somente do meu coração
Em Mangueira a poesia
Num sobe-desce constante
Anda descalça ensinando
Um modo novo da gente viver
De pensar e sonhar, de sofrer
Sei lá não sei
Sei lá não sei não
A Mangueira é tão grande
Que nem cabe explicação
Sei lá não sei
Sei lá não sei
Sei lá não sei
Sei lá não sei
Sei lá não sei
Sei lá não sei
Sei lá não sei
Sei lá não sei
Sei lá ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário