Anteontem, eu falava aqui da questão da condição da solidão humana e hoje falo de um livro a respeito desse mesmo assunto só que pensado para crianças. Trata-se de "A árvore vermelha", de Shaun Tan, traduzido por Isa Mesquita, com ilustrações do autor, lançado pela Edições SM.
A menina ruiva, personagem do livro, é conduzida em meio a imagens que são puro sonho, a partir do despertar em mais um dia sem promessas. Assim, passa a errar por uma cidade surreal e catastrófica, e vê sua esperança esvanecer-se sem explicação. Quando, no fim do dia, volta a seu quarto sombrio, ela testemunha o milagre da vida: um minúsculo broto que, graças à luz, num virar de página, se transforma em uma grande árvore vermelha!
Visitando o site do autor, descobri que ele é um artista completo.
Vejam a "versão brasileira" que elaborei a partir das informações que encontrei por lá, em inglês:
Shaun Tan nasceu em 1974 e cresceu nos subúrbios de Perth, Austrália.
Na escola, ele era conhecido com um "bom desenhista" o que compensava parcialmente o fato de ser sempre o mais baixinho da turma. Ele graduou-se com distinção na universidade de WA, em 1995, simultaneamente, em Artes e Literatura Inglesa e, atualmente, trabalha o tempo todo como um artista freelance e autor, em Melbourne.
Shaun começou desenhando e pintando imagens para histórias de terror e ficção científica em revistas de pequena tiragem, quando ainda adolescente, e, desde então, tem sido mais conhecido pelos livros ilustrados que tratam de temas sociais, políticos e históricos, através de um imaginário surreal e fantástico.
Livros como The Rabbits, The Red Tree (A Árvore Vermelha, único título lançado no Brasil), The Lost Thing e o aclamado romance sem palavras The Arrival, têm sido bastante traduzidos na Europa, Ásia e América do Sul e apreciados por leitores de todas as idades. Ele também trabalha como cenógrafo e trabalhou no cinema para as produções Horton Hears a Who e Wall-E da Pixar. Atualmente, está dirigindo um curta com a Passion Pictures Australia. Seu livro mais recentemente publicado é o Tales from Outer Suburbia.
Ele diz que todo o seu trabalho como ilustrador é baseado, tanto direta quanto indiretamente, na observação pessoal da vida. Ele utiliza a maior parte do tempo possível produzindo uma única pintura, às vezes semiabstrata, mas quase sempre ele desenha coisas bem conhecidas: ruas, parques, praias, pessoas familiares, ou lugares que visitou muitas vezes. Ele é da opinião de que os limites entre "ilustração" e "pintura" são frequentemente tênues. Considera que talvez a principal diferença é que a pintura é mais autossuficiente como ideia pessoal, ou seja, ela é exterior a qualquer outra narrativa.
Agora é com você checar essas informações todas: o site de Shaun Tan é uma delícia de visitar.
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