Esse filme é de 2007 e, no Brasil, todo mundo deve ter assistido quando estreou por aqui, no começo de 2008. Menos eu e minha mãe que o vimos, ontem, quando chegou à TV aberta. Adoro esse tipo de coisa que acontece tão raramente na televisão brasileira: programação de qualidade. Quando terminou a Soap Opera preferida de minha mãe, eu estava chegando e, imediatamente, o filme começou. Logo vi que poderia ser um filme para mãe e filho assistirem juntos.
Eu lembro-me, perfeitamente, de ter lido críticas elogiosas a esse filme, quando ele esteve em cartaz nos cinemas.
Aliás, eu assisti quando a roteirista ganhou o Oscar por esse trabalho, naquele ano. Como diz uma amiga minha, às vezes o Oscar acerta. rsrsrs A cena do Oscar foi essa mesma e sabem por que, na minha opinião, Diablo Cody mereceu o prêmio? Porque ela fez minha mãe e eu rirmos juntos ao ouvir as falas inusitadas da adolescente gravidíssima do filme. E que coisa boa a ausência de clichês! Nós, mal acostumados, ficamos de prontidão esperando os clichês possíveis. Por exemplo, a garota apaixonar-se pelo marido do casal que adotaria a criança que ela resolveu entregar para a adoção. Ou que a madrasta não fosse gente boa, fosse do tipo megera ou, ou... Nada disso aconteceu, o roteiro e as falas extraordinárias das personagens conduziram tudo para a felicidade possível diante de uma situação inesperada e que pode acontecer com qualquer um: engravidar na primeira transa, aos 16 anos.
Achei sensacional a garota descobrir que é amada de verdade, quando vê a relação do casal de futuros pais adotivos ruir. Ela diz uma coisa linda para o garoto: eu sei que você gosta de mim porque quando você fala comigo você não fica olhando para a minha barriga, mas para os meus olhos. Simples assim.
Hoje, uma amiga contou-me que uma das críticas negativas que fizeram ao filme, na época de seu lançamento, trazia a opinião de que não existe, na vida real, adolescentes inteligentes como a protagonista. Essa minha amiga (e eu faço coro com ela) não pensa assim: nós é que nos acostumamos a ver o cinema americano construindo adolescentes estúpidos, ao ponto de não reconhecermos uma garota bacana como a do filme.
Eu, como confio na inteligência humana, achei comovente tudo e, sim, o filme mereceu a repercussão que teve na época e que ainda tem, como se comprovou ontem na sua exibição pela televisão. Nem preciso dizer a quem ainda não assistiu ao filme para que corra para uma locadora, não é mesmo?
A televisão pode ser uma coisa muito boa. Um filminho com a mama pode ser um programa tão bom, né? Felizmente, temos tido a oportunidade de experimentar, mais recentemente, um bocado disso no canal TV Brasil, que tem uma programação criteriosa e por vezes deliciosa, cada vez mais sofisticada na sua simplicidade de ser isto: tevê. E, gracas!, finalmente um jornal assistível, em que os jornalistas não ficam dando palpitinhos irritados a cada notícia (como virou moda alhures....). Enfim, esse seu "achado" me fez lembbrar de que lá na TV Brasil se pode pescar coisa boa o tempo todo.
ResponderExcluirInfelizmente, no estado de São Paulo ela não pega na tevê aberta. Pra ter essa permanente boa programação tem de estar noutro estado ou, como sói acontecer por aqui, pagar pra ver! Dá o que pensar...
Sim, Lu, quando eu morava em Brasília eu podia ver até a educativa do Rio sem ter de pagar. Aqui em São Paulo, as opções são poucas na tv aberta. Sem dúvida, dá o que pensar...
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