

A arte é para todos, seu ladrão!
Por isso, acho que o museu ainda é o lugar onde ao menos tais obras estarão à disposição dos visitantes e, assim, o lugar de bem público ficará assegurado a esses monumentos e não tão somente nas mãos de um colecionador obscuro e, ainda mais, por ter furtado a obra: ego trip totalmente aborrecida, sem dúvida.
Pois bem, sou tomado de uma outra reação quando leio que determinada obra foi restaurada: a de pura alegria. Sendo um produto humano e feita com a matéria desse mundo - mesmo que o transcenda - uma obra pode perecer se não for cuidada, protegida contra a ação do tempo. Fico sempre emocionado com o restauro, com o trabalho delicado, elegante e pleno de minúcias dos restauradores.
Acabo de saber que as mãos de uma brasileira, Regina Costa Pinto Moreira, concluíram a restauração de uma obra importante e riquíssima, simplesmente a maior de seu autor em todo o mundo, em dimensão. Trata-se da obra de Nicolas Poussin (vide autorretrato), o quadro Hymenaeus travestido durante um sacrifício a Príapo (1634-1638), um óleo sobre tela que mede 1,67 x 3,76, e que, agora, está disponível à visitação pública no nosso Masp.
No restauro, a conceituada restauradora e que trabalha há décadas no Louvre descobriu que o deus Príapo, divindade da fecundidade e dos Jardins e que figura no centro do quadro, originalmente tinha um falo ereto (e que agora apareceu), mas sofrera em séculos anteriores o que ela chamou, em estrevista ao Estadão, de "repinte de pudor".
Salve Príapo, Salve Poussin, Salve Regina! \o/
Vide a reportagem: http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art431901,0.htm
Vamos ver a obra restaurada:
MASP
Av. Paulista, 1.578
11h/18h (5a feira 11h/20h)
Não abre às 2as feiras
R$ 15,00
3a feira: Entrada Franca
Vamos ver a obra restaurada:
MASP
Av. Paulista, 1.578
11h/18h (5a feira 11h/20h)
Não abre às 2as feiras
R$ 15,00
3a feira: Entrada Franca
Nenhum comentário:
Postar um comentário