terça-feira, 26 de maio de 2009

Réquiem, de Hanoch Lenin

Adoro quando coincidências são prenúncio de experiências que enriquecem o espírito e fortalecem uma amizade.
Ontem, pela manhã, comprei um livro de contos de Anton Tchékhov, uma coletânea de contos intitulada A dama do cachorrinho [e outras histórias], da Coleção L&PM Pocket. Pois bem, à noite, encontro um amigo que me informou estar em cartaz o espetáculo Réquiem, escrito pelo dramaturgo israelense Hanoch Lenin, com base em três contos do escritor russo Anton Tchékhov!
O elenco é formado pelos jovens atores, talentosíssimos, segundo a opinião de todos os que assistiram ao espetáculo: André Blumenschein, Chico Carvalho, Dinah Feldman, Fabrício Licursi, Felipe Schermann, Fernanda Viacava e Priscilla Herrerias.
A direção é de Francisco Medeiros.

Achei bárbaro, sobretudo, porque o que ele contava-me do espetáculo teatral, ao qual já assistiu umas três vezes, estava em plena sintonia com a leitura que eu estou fazendo daqueles contos.
Se um texto desse quilate pudesse ter uma "sinopse", creio que poderia ser a seguinte:
A peça é dividida em 15 cenas curtas que contam a desilusão de um marceneiro, que faz caixões, quando já velho depara-se com a solidão. Isso ocorre a partir de uma sucessão de perdas e que foi acumulando ao longo da vida. Sobretudo, a morte da mulher, com quem conviveu por 52 anos e com a qual nunca compartilhara afetos. Assim, desencadeia-se um processo de sensibilização dessa personagem, permitindo-lhe encontros que resultarão no enfrentamento da sua própria morte.

Sergio Roveri, que é jornalista e autor teatral, disse simplesmente o seguinte acerca da peça:
Eu não acho que nada na vida seja obrigatório, mas se for possível abrir uma exceção aqui, eu diria que Réquiem é um espetáculo obrigatório.
Confio em ambos, nele e no meu amigo. Assim, vou aceitar a sugestão. Pretendo assistir ao espetáculo no próximo domingo. Ainda mais que o tempo para ver essa preciosidade é curto: a peça que já esteve em cartaz no Centro Cultural São Paulo, reestreiou em abril no Teatro João Caetano e fica em cartaz até esse domingo, 31 de maio.
Portanto, poderá ser vista na próxima sexta (29), sábado (30), às 21 horas e no domingo (31), às 19 horas.
O espetáculo tem duração de 60 minutos.
O Teatro João Caetano (438 lugares) fica na Rua Borges Lagoa, 650 – Vila Clementino (próximo à estação Santa Cruz do Metrô). Informações: (11) 5549-1744. A bilheteria abre uma hora antes do espetáculo. Ingresso: R$10,00. ;-D

2 comentários:

  1. O imperdível-ível-ível desse livro, acho, é "Do diário de um auxiliar de guarda-livros".

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  2. Peça fortíssima demais!!!!!!!!
    Eu adorei a peça, as companhias, o clima tudo!
    Achei tudo lindo e intenso, nos remete a pensar em nós e em nossas relações mais próximas...
    Seus amigos são ótimos também.

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