sábado, 23 de maio de 2009

Nice to meet you: Jackson Pollock




Ontem, eu conversava com um amigo enquanto bebíamos e fumávamos. A certa altura, nossa conversa resvalou no tema da cultura americana, ou seja, a dos Estados Unidos da América. Os americanos podem ter defeitos terríveis, dos quais o mundo já assistiu a demonstração inúmeras vezes, mas eles também são excelentes em muita coisa, basta a gente estar atento e saber selecionar quais são essas coisas.
Esse meu amigo estava a me dizer isso quando, por exemplo, disse-me que gosta muito de alguns pintores americanos. Foi quando lembrei-me de Edward Hopper que é maravilhoso (vide o post A Imagem do Silêncio by Edward Hopper ) e ele falou-me de Jackson Pollock, que eu não conhecia.
Ele disse-me que o interessante do trabalho desse pintor é que ele abandonou os cavaletes e pincéis, e passou a pintar imensas telas no chão, respingando a tinta e desenvolvendo assim o seu expressionismo abstrato. Definitivamente, isso não é nada careta.
Prometi ao meu amigo que iria procurar pelo nome no Google imagens. Encontrei essa foto do pintor em seu atelier de trabalho e também, na Wikipédia, a informação de que a técnica que ele desenvolveu é chamada de dripping (gotejamento) e foi criada por um outro pintor, o alemão Max Ernst. Ainda segundo aquela Wikipédia, Pollock respingava a tinta e os pingos escorriam formando traços harmoniosos que entrelaçavam-se sobre suas imensas telas. Ele pintava com a tela no chão para sentir-se dentro do quadro, partia do zero e do pingo de tinta que deixava cair na tela é que elaborava uma obra de arte. Ele foi o responsável pelo auge da action painting (pintura de ação). Ainda nos informam que havia uma tensão ético-religiosa por ele vivida e que o impeliu aos pintores da Revolução Mexicana e que sua esfera da arte é o inconsciente: seus signos são um prolongamento do seu interior.
Devo também dizer que no blog Um dia perfeito para os peixes banana encontrei essa informação complementar sobre o pintor:
As obras de Pollock caracterizam-se por redes de linhas coloridas entrelaçadas que, pela transparência, desviam a atenção para o fundo do quadro (Catedral, 1974; Ritmo Outonal e Névoa Azul-Lavanda, 1950). Em suas últimas obras, realizadas nos anos de 1950 até sua morte por acidente, aprecia-se certa redução de colorido, o que é interpretado como reflexo de seus problemas psíquicos relacionados com o alcoolismo.
É também de lá que veio a imagem do alto, um dos seus trabalhos, Intitled number 3.


2 comentários:

  1. Bom, caso queira ver um pouco mais, existe um filme feito sobre a vida de Pollock. E de como ele em si, era um ser muito perturbado.
    O filme é do ano 2000 e tem como ator principal Ed Harris, Val Kilmer, entre outros.
    Eu que também não sabia nada sobre ele, gostei do filme e de suas intensidades.

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