quarta-feira, 4 de março de 2009
A transcendência de Adélia.
Hoje, ouvi, durante cerca de uma hora e meia, a poetisa Adélia Prado. Foi uma honra e um encantamento. Ela é tão verdadeira, tão verdadeira, que emociona a ponto de nos fazer chorar. Para Adélia Prado, credo e poética são iguais, inseparáveis. Liturgia e Vida idem. Trata-se de expressões dos afetos, como chamou. Utilizando-se da imagem de Guimarães Rosa disse-nos que a oração nasce de um terceiro lugar em nós, a terceira margem da alma. Falou-nos de Poesia como Revelação, como Epifania do Real. Confirmou-nos que a Fé é aventura permanente e é Fé no Mistério. Trata-se de uma atitude extremamente pessoal e que dá sentido para a minha vida, a Fé. Lembrou-nos que o que é Divino, o Sagrado, provoca terror, medo e, por isso mesmo, transforma. Contou-nos que Santa Tereza dizia, depois dos seus êxtases: "Mais um minuto e eu teria morrido." Exortou-nos a crer na e promover a Beleza, porque Beleza não é luxo, é necessidade. De tudo o que nos falou, e que seria impossível resumir num post, registro sobretudo uma informação que, espero, sirva também de apelo: a importante informação de que estamos sem vida interior, orando pouco...
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Bacana o texto. Mas, o que a Adélia Prado tem contra os feios? hehe
ResponderExcluirAbraço.