A Alma Imoral, com Clarice Niskier, é a adaptação teatral do livro A Alma Imoral, de Nilton Bonder.
No preâmbulo da peça, a atriz nos conta como foi que esse projeto surgiu. Ela disse que acerca de dois anos atrás foi a um programa de televisão divulgar um de seus trabalhos no teatro e, de repente, se viu em um programa em que se debatia religião, uma espécie de mesa redonda da qual participava também o rabino Nilton Bonder.
Em determinado momento, a apresentadora perguntou-lhe qual era a sua religião. Ela respondeu que era de origem judaica, mas que se considerava uma judia budista. Uma telespectadora, chamada Dona Léia, enviou um fax ao programa dizendo: "Minha Filha, você não pode ser judia budista. Ou você é bem judia, ou é bem budista."
Esse é o mote para o surgimento da peça. Quando depois, Clarice conheceu o livro de Bonder, decidiu que o adaptaria ao teatro, mesmo que uma Clarice lembrasse a ela que não era possível: ali não havia apelo dramático. No entanto, a outra Clarice acreditava que sim, que era possível que o livro A Alma Imoral pudesse também ser encenado.
E foi o que ela fez, e nos disse, ainda, que foi esse o modo que encontrou para dar a sua resposta para Dona Léia e que lhe ficara devendo naquela ocasião.
Então, somos convidados a ouvir um dos textos mais encantadores sobre a alma e o porquê de sua imoralidade; sobre religião; sobre a possibilidade de ser gente de verdade nesse mundo.
A alma não é amoral, portanto, sem moral, mas imoral, ou seja, não moral(ista).
Clarice é uma grande atriz.
Seu monólogo é também uma aula, é uma leitura possível de uma obra que trata de questões teológicas e que, no entanto, muito provavelmente, já tinha em si a semente do que poderia, sim, ser dito em um palco, como um drama humano e, assim sendo, teatralmente.
Trata-se de um espetáculo emocionante, verdadeiro e... muito sensível.
Agora, quero ler o livro.
De antemão, recomendo ambos: o livro (que ainda não li) e o espetáculo.
A Alma Imoral está em cartaz, todas as segundas e terças-feiras, às 21 h, no Teatro Eva Herz, até 26/05/09.
Esse é o teatro que fica dentro da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, na Av. Paulista.
No preâmbulo da peça, a atriz nos conta como foi que esse projeto surgiu. Ela disse que acerca de dois anos atrás foi a um programa de televisão divulgar um de seus trabalhos no teatro e, de repente, se viu em um programa em que se debatia religião, uma espécie de mesa redonda da qual participava também o rabino Nilton Bonder.
Em determinado momento, a apresentadora perguntou-lhe qual era a sua religião. Ela respondeu que era de origem judaica, mas que se considerava uma judia budista. Uma telespectadora, chamada Dona Léia, enviou um fax ao programa dizendo: "Minha Filha, você não pode ser judia budista. Ou você é bem judia, ou é bem budista."
Esse é o mote para o surgimento da peça. Quando depois, Clarice conheceu o livro de Bonder, decidiu que o adaptaria ao teatro, mesmo que uma Clarice lembrasse a ela que não era possível: ali não havia apelo dramático. No entanto, a outra Clarice acreditava que sim, que era possível que o livro A Alma Imoral pudesse também ser encenado.
E foi o que ela fez, e nos disse, ainda, que foi esse o modo que encontrou para dar a sua resposta para Dona Léia e que lhe ficara devendo naquela ocasião.
Então, somos convidados a ouvir um dos textos mais encantadores sobre a alma e o porquê de sua imoralidade; sobre religião; sobre a possibilidade de ser gente de verdade nesse mundo.
A alma não é amoral, portanto, sem moral, mas imoral, ou seja, não moral(ista).
Clarice é uma grande atriz.
Seu monólogo é também uma aula, é uma leitura possível de uma obra que trata de questões teológicas e que, no entanto, muito provavelmente, já tinha em si a semente do que poderia, sim, ser dito em um palco, como um drama humano e, assim sendo, teatralmente.
Trata-se de um espetáculo emocionante, verdadeiro e... muito sensível.
Agora, quero ler o livro.
De antemão, recomendo ambos: o livro (que ainda não li) e o espetáculo.
A Alma Imoral está em cartaz, todas as segundas e terças-feiras, às 21 h, no Teatro Eva Herz, até 26/05/09.
Esse é o teatro que fica dentro da Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, na Av. Paulista.
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