Ontem, tive um momento constrangedor no meu ambiente de trabalho. Trabalho na redação de um jornal, então, óbviamente, tenho contato com as notícias i-me-di-a-ta-men-te, o fato mal tenha acabado de ocorrer. Embora, hoje em dia, todo mundo que esteja plugado também possa ter esse mesmo contato.
O problema é que quando você está trabalhando, você está em público, suas reações são visíveis: a redação é super povoada. Eu juro que fiquei com vontade de chorar a morte de Michael Jackson e não podia (a não ser que eu fosse ao toalete). Pois então, lembrei-me da minha infância, do Michael pequenino cantando:
Ben, the two of us need look no more
We both found what we were looking for
With a friend to call my own
I'll never be alone
And you, my friend will see
You've got a friend in me
Quando eu tinha sete ou nove anos, eu cantava (ou "dublava") a tal canção do meu amiguinho americano... (sim, eu considero a hipótese de estar pagando um "mico" também aqui, assumindo essa disposição de espírito e até mesmo breguice, mas isso de fato aconteceu, eu era uma criança pobre, da periferia de São Paulo e muito, muito sentimental).
Como se não bastasse a notícia da morte de Michael Jackson, poucas horas antes já havia sido noticiada a morte da Farrah Fawcett. Também, para mim, uma notícia de chorar. Eu adorava a série Charlie’s Angels, na minha infância.
Um outro aborrecimento que experimentei: eu alí quase chorando as perdas de minhas referências de infância, e havia pessoas a minha volta fazendo "piadinhas" a respeito da morte do Michael. Eu ouvi coisas de absoluto mal gosto. E lamentei e compreendi. Afinal, eu tenho a informação de que Freud explica esse tipo de atitude. É como o caso, por exemplo, do riso nervoso que ouvimos do público quando alguém cai. Ele é resultante da lembrança, no humano, justamente da queda final e que se dá para a cova. Há um mecanismo de compensação nesse riso: "ainda bem que foi com ele e não comigo..." Ainda!
Acontece que, sim, todos somos mortais. Eu prefiro fazer coro, nessas situações, com o poeta John Donne: A morte de cada homem diminui-me, porque sou parte da humanidade. Portanto, nunca procure saber por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.
O problema é que quando você está trabalhando, você está em público, suas reações são visíveis: a redação é super povoada. Eu juro que fiquei com vontade de chorar a morte de Michael Jackson e não podia (a não ser que eu fosse ao toalete). Pois então, lembrei-me da minha infância, do Michael pequenino cantando:
Ben, the two of us need look no more
We both found what we were looking for
With a friend to call my own
I'll never be alone
And you, my friend will see
You've got a friend in me
Quando eu tinha sete ou nove anos, eu cantava (ou "dublava") a tal canção do meu amiguinho americano... (sim, eu considero a hipótese de estar pagando um "mico" também aqui, assumindo essa disposição de espírito e até mesmo breguice, mas isso de fato aconteceu, eu era uma criança pobre, da periferia de São Paulo e muito, muito sentimental).
Como se não bastasse a notícia da morte de Michael Jackson, poucas horas antes já havia sido noticiada a morte da Farrah Fawcett. Também, para mim, uma notícia de chorar. Eu adorava a série Charlie’s Angels, na minha infância.
Um outro aborrecimento que experimentei: eu alí quase chorando as perdas de minhas referências de infância, e havia pessoas a minha volta fazendo "piadinhas" a respeito da morte do Michael. Eu ouvi coisas de absoluto mal gosto. E lamentei e compreendi. Afinal, eu tenho a informação de que Freud explica esse tipo de atitude. É como o caso, por exemplo, do riso nervoso que ouvimos do público quando alguém cai. Ele é resultante da lembrança, no humano, justamente da queda final e que se dá para a cova. Há um mecanismo de compensação nesse riso: "ainda bem que foi com ele e não comigo..." Ainda!
Acontece que, sim, todos somos mortais. Eu prefiro fazer coro, nessas situações, com o poeta John Donne: A morte de cada homem diminui-me, porque sou parte da humanidade. Portanto, nunca procure saber por quem os sinos dobram; eles dobram por ti.
tão bonito e verdadeiro isso do poeta..
ResponderExcluire que bonitinho, você pequenininho!
bjs.
Ei, bonitão: boas férias!
ResponderExcluirBeijos
Kika,
ResponderExcluirI used to say
I and Me
Now it's us
Now it's we
Vc é ótima! ;-D
Lilian,
ResponderExcluirObrigado por tudo !
Vc foi um tesouro precioso que encontrei nesse semestre.
Férias merecidíssimas para nós todos. Amén.
você também!
ResponderExcluir