Ontem, pela manhã, cheguei em casa, após um sábado animadíssimo!
Primeiro, porque fui a uma festa, no sábado à tarde, e ao sair da festa encontrei uma amiga querida, de Brasília, e fomos juntos ao Planeta Terra Festival 2010. Logo depois de chegar ao PlayCenter, eu e a minha amiga nos perdemos! Um do outro, é claro!
Então, assisti ao show do Mika apenas na companhia de centenas de fâs do pop star britânico.
Fiquei feliz até não poder mais, porque descobri que eu não sou o único fã brasileiro do Mika. Até, então, eu achava que só eu, nesse país, era fã do cara. Afinal, no meio em que eu vivo, toda vez que falo do Mika ninguém o conhece, ninguém sabe de quem se trata e eu fico sem poder explicar para essas pessoas... Até começo a cantar as canções, mas não funciona porque as canções do Mika só ele mesmo é quem pode cantar e dançar animadamente.
Ou... as centenas de pessoas que cantaram e dançaram no sábado, em sua companhia, aqui em São Paulo.
Fiquei emocionado, como já era de se esperar. Um cantor, quando profissional e verdadeiro, em um show, é pura doação: ele doa o seu trabalho, aquilo que pôde produzir, as letras das canções. Ele doa energia, espontaneidade. Mas isso só acontece, sobretudo se ele tem amor para dar.
Li uma reportagem, hoje, dizendo que o show do Mika foi o melhor do Festival. E, embora eu não tenha ficado para ver as outras bandas (rsrsrs), acho que só pode ter sido mesmo. Também li, que o público do Mika era um público devoto. E foi exatamente isso o que eu senti. As pessoas todas dançavam e cantavam suas músicas.
Eu já falei aqui que eu acho que, por trás da aparente simplicidade e descontração das letras do Mika, há uma mensagem seríssima. Basta prestar atenção em Blame it on the girls, por exemplo:
Blame it on the girls who know what to do
Blame it on the boys who keep hitting on you
Blame it on your mother for the things she said
Blame it on your father but you know he's dead
Quantos de nós não desejamos apenas achar o culpado? Quando, em geral, está nas nossas mãos reverter qualquer quadro de desamor!
Penso que o pop sobrevive de pessoas que conseguem ser groovie e, ser isso, ao menos para mim, é conseguir com animação, positividade, dizer o que as pessoas mais precisam ouvir, uma vez que no nosso cotidiano apressado não podemos, muitas vezes, dizer, naturalmente, para as outras pessoas, por exemplo:
Relax! Take it easy!
You are beautiful!
I could be brown
I could be blue
I could be violet sky
I could be hurtful
I could be purple
I could be anything you like
Gotta be green
Gotta be mean
Gotta be everything more
Why don't you like me?
Say love, say love!
We are not what you think we are
We are golden, we are golden.
No domingo, pós-show, senti um certo vazio: aquele típico do dia seguinte a uma grande festa. rsrsrs Vocês acreditam que eu estava quase ficando triste!?
Então, alguém chamava no portão da minha casa e quando eu fui atender, era um jovem dizendo:
- Moço, eu preciso de ajuda. Eu estou desempregado. Eu não vou pedir dinheiro, só preciso de um pouco de feijão para alimentar meus filhos.
Eu disse:
- Claro, só um instante!
Voltei com um quilo de feijão.
- Deus lhe pague! (ele me disse sorrindo, feliz. Sim, ele ficou feliz!)
- Amém.
Depois que ele se foi, eu chorei um pouquinho, o suficiente para limpar qualquer tristesa do coração e, então, entendi que o que acontecera era um momento Golden! Eu, o rapaz necessitado, os anjos que nos aproximaram: éramos todos Golden!
Penso isso mesmo: que podemos ser para os outros aquilo que eles gostariam, sim, que fôssemos, sobretudo quando minimamente generosos: como quem ajuda a matar a fome de quem pede a sua porta; e, também, como quem faz o melhor show em um Parque de Diversões.
Ao menos para mim, isso tudo é o que deveríamos querer dizer quando dizemos: We are Golden! ou Love!
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