quarta-feira, 28 de abril de 2010

Marie Hippenmeyer


Sinto-me privilegiado por trabalhar no Pátio do Colégio, ao lado da Praça da Sé, e poder frequentar, na hora do almoço, a Caixa Cultural que fica ali.

Ontem, fui ver o ensaio fotográfico de Marie Hippenmeyer, suiça de nascimento, mas que vive há muito tempo no Brasil.  O título original do ensaio é Noir Blanc, no qual  temos uma série de imagens P&B e que ela captou através de uma câmara fotográfica Diana 6x6, presente de Pierre Devin, curador da exposição. (Eu não conhecia a câmara , mas descobri uma informação importante about it aqui.)


Aliás, muito bom o texto do curador no catálogo da exposição, ali, ele nos diz, por exemplo, que o uso de uma tecnologia pobre só é interessante formalmente através de um olhar rico.
Marie Hippenmeyer pôde escapar, segundo Devin, dos obstáculos que a tecnologia digital trouxe com seu aparecimento maciço. Segundo ele, atualmente, Hippenmeyer:

procura comunicar seu questionamento sobre a insuportável leveza do ser. O olhar não é somente testemunha. Pode também ser o lugar do prazer, da nostalgia dos jogos sobre as formas e seu imaginário. Algumas cenas nos tocam sem que saibamos por quê: tocam nosso inconsciente individual ou coletivo. Temos vontade de fotografá-las, nem que seja apenas para melhor compreendê-las com o passar do tempo.

Achei singela e verdadeira essa descrição do que acontece na arte da fotografia. Sejamos, então, tocados pelas imagens de Marie Hippenmeyer.

























2 comentários:

  1. Ah, que bacana! O Luiz Küll, que estava na minha festa de aniversário, acabou de me dar um catálogo da exposição, e eu gostei das fotos. Acho sempre interessante quando fotógrafos, ou quaisquer outros, deixam de lado a última tecnologia em seu campo e usam aparelhos mais antigos. É um desafio porque hoje a gente se acostuma com tudo semi-automático, pré-cozido. Gostei do efeito quase surreal que as fotos apresentam. Um dos meus estilos favoritos.

    Mais uma vez vou ver uma exposição depois de ler seu texto. Daqui a pouco vai virar referência. Até! (Luis Carlos)

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  2. Luiz,
    Bacana, não é? As fotos são mesmo bastante oníricas e por conta disso cada paisagem, as personagens ou objetos ganham essa atmosfera de algo que já conhecemos ou vimos, talvez nos nossos sonhos.
    É importante que eu também diga: Você não pode imaginar a alegria que esse seu comentário provocou nesse blogueiro, afinal, é a primeira vez que alguém comenta ter seguido uma recomendação minha e embora, é claro, eu não seja assim uma "referência", fico muito feliz em saber que minhas experiências compartilhadas podem resultar também em uma experiência boa de fruição para quem passa por aqui. ;-D Ainda mais sendo esse um depoimento seu, ou seja, o de um artista! ;-)

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