terça-feira, 6 de abril de 2010

Manhã outonal

Uma manhã outonal faz pensar. Talvez o outono seja mesmo um tempo para o recolhimento do ser. O tempo de voltar ao casulo. Esse recolhimento pode acontecer na medida mesma em que eu me permita reflexões de toda ordem. Por exemplo, estou decidido a viver o exercício dificílimo de só pensar o que me propicie viver melhor a vida imediata. Isso, desconfio, irá dar lá na vida futura: essa minha desconhecida.

Como fazer esse plus? Sim, é um salto do que se trata aqui. Posso começar perguntando: Quanto devo economizar, se quero comprar algo de que preciso? Quanto devo guardar? Na verdade, a questão é: quanto posso guardar a ponto de não faltar hoje, e de modo que ainda possa sobrar para amanhã?

Quando o orçamento fica em "parafuso", isso pode ocorrer porque desejei mais do que podia, ou devia e, com isso, gastei além. Afinal, quando isso ocorre, não é preciso que assim seja tão somente porque ganho pouco... O mais importante seria eu me perguntar: Por que é necessário que eu ganhe mais? Essa é a questão que não irá calar, até... que eu passe a ganhar mais. rsrsrs E, enquanto isso não ocorre, uma outra questão para fechar o rol de questões em torno desse tema: Afinal, será que posso também ser generoso, comigo ou com qualquer um, em qualquer tempo e condição? A resposta pode e deve ser Sim!

Por outro lado, que tipo de pensamentos devo nutrir para estar bem agora e melhor ainda no futuro?

Estou descobrindo, muito lentamente, que se penso mal e, com isso, penso o mal dos outros, faço um grande mal a mim mesmo. E quando penso o mal em relação aos outros? Muitas vezes gratuitamente: uma antipatia desnecessária por um transeunte desconhecido...e alimento maldosamente essa antipatia com pensamentos. Ou mesmo um tolo ódio por um conhecido com o qual também não me simpatizo e penso também maldosamente acerca dessa pessoa. Enfim, tenho notado que tudo isso ocorre sempre com um desgaste de energia, absolutamente desnecessário. Desconfio até que isso só pode resultar em doença. Cruz credo!

A verdade é que estou descobrindo que só posso amar a mim mesmo na medida mesma em que eu não odiar a ninguém. Não estamos todos reunidos por aqui e tendo enfim que conviver? Que tal convívio seja para o nosso bem, afinal, o inverno apenas se aproxima: será necessário muito calor humano.

2 comentários:

  1. ô, meu amor, não odiar ninguém parece mais possível do que amar todo mundo, mas, ainda assim.....
    Tenho uma sugestão: opte por um amor fraterno, conceitual, dirigido a seus companheiros e companheiras de espécie, mas não àqueles com nome e sobrenome, sabe? os identificáveis. Para esses é preciso ser bem mais seletivo.....

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  2. Lilian,
    Adorei seu comentário. Tão compreensivo para com esse seu amigo! ;-D
    Fiquei feliz porque se é você falando é porque realmente me fiz compreender nessa minha inquietação. Uma amiga minha leu esse comentário junto comigo e disse que você conseguiu traduzir um ideal que religião alguma ainda conseguiu: ela acha que as religiões pedem o impossível.rsrsrs
    Eu, pelo meu lado, vou tentando fazer sim o que for possível por aqui e agora. Mas a verdade mesmo é que tô desejante de além... qualquer um, pode ser até o além mar.rsrsrs

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