sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Migalhas de Machado de Assis

Uma coisa muito boa desse época do ano, de festejos natalinos, é que ganhamos presentes. Eu, particularmente, adoro dar presentes. Esse ano, no entanto, mais ganhei do que dei, o que me faz pensar que talvez eu tenha merecido. Quero acreditar nisso!
;-D
Sobretudo isso faz-me acreditar que foi um ano no qual fiz novas e boníssimas amizades.
Uma nova amiga, por exemplo, deu-me hoje de presente um mimo de livro, a começar pelo título Migalhas de Machado de Assis, de Miguel Matos. Ele reuniu aforismos machadianos que extraiu da obra do velho bruxo.
Estou adorando. É livro de ficar na cabeceira, ou na mesinha de centro da sala de estar ou mesmo no banheiro. Irá proporcionar momentos de enlevo, do prazer de leitura rápida e esparsa e ao mesmo tempo leitura fortíssima e profunda como sói ser a leitura de tudo o que Machado escreveu.
Trago para cá alguns desses aforismos:

Há entre os suicidas um excelente costume que é de não deixar a vida sem dizer o motivo e as circunstâncias que os armam contra ela.

Depois da invenção do fumo não há solidão possível. É a melhor companhia desse mundo. Demais, o charuto é um verdadeiro Memento homo: convertendo-se pouco a pouco em cinzas, vai lembrando ao homem o fim real e infalível de todas as cousas: é o aviso filosófico, é a sentença fúnebre que nos acompanha em toda parte.

Quando a gente se aborrece dos homens toma sempre a afeição dos animais, que têm a vantagem de não discorrer, nem intrigar.

Os infelizes são apenas infelizes.

Ser feliz à vista de todos é repartir a felicidade.

2 comentários:

  1. Que maravilha de presente!
    Vou comprar o meu (eu me adoro e acho que mereço, rs)!

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  2. Kika,
    Eu gosto muito de você porque você é exatamente assim: sabe o que é de seu merecimento!

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