quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Regina Silveira pergunta: Quem passou por aqui?






Ontem, fui a uma exposição muito lúdica. A proposta é para crianças, mas a minha criança (para variar rsrsrs) adorou!
Trata-se de uma exposição/instalação de Regina Silveira que é bastante conhecida no mundo das artes plásticas. Segundo a Wikipédia, ela iniciou sua formação em Porto Alegre, principalmente em pintura e gravura, com importantes artistas, entre eles, Iberê Camargo. Começou a trabalhar como pintora e, no final da década de 1960, entra em contato com a arte conceitual. Já nos anos 70, inicia trabalhos com malhas e perspectivas, através da série Labirintos. Começa a utilizar imagens fotográficas nas gravuras das séries Middle Class & Co , Jogos de Arte e a atuar no circuito da mail art. Neste período, torna-se importante artista multimídia e pioneira da vídeo-arte no país. Na década de 1980, realizou a importante série Anamorfas, sobre as distorções da perspectiva, um complexo de gravuras e desenhos que lhe abriram novos horizontes. Logo depois, outro importante trabalho é feito, Simulacros, também fruto de interpretações de sistemas artificiais de construção espacial. A Wikipédia destaca que além do trabalho artístico, Regina Silveira foi, durante muitos anos, professora na ECA - Escola de Comunicação e Artes da USP (Universidade de São Paulo), onde ajudou a formar gerações de importantes artistas nacionais. É claro que você poderá obter mais e melhores informações, visitando o seu site: http://reginasilveira.uol.com.br/
É nitida sua preocupação com a educação também nessa exposição que está agora na Caixa Cultural e que se chama O Olho e o Lugar – Regina Silveira para crianças, organizada por Renata Sant’Anna e Valquíria Prates, em parceria com a Galeria Luciana Brito e o curador convidado Ricardo Resende. A mostra estará aberta ao público até o dia 15 de novembro.
A pergunta que o visitante precisará, necessariamente, responder é Quem passou por aqui? O piso e as paredes da galeria são tomados de marcas de pneus de automóveis e também de pegadas, vestígios de passos, humanos ou de bichos, em seus pés e patas variados. Nesses espaços, as dimensões das marcas são desproporcionais, os pés de gente e mesmo as patas de bichos pequenos são maiores do que seriam na proporção original. Isso é intencional.
Eu, particularmente, adoro a alusão a vestígios. Sempre achei que Jacques Derrida tem toda razão quando nos fala que vivemos sempre na condição de rastro, de demarcação, de escrita como vestígio, corte, e, portanto em construções humanas em condição de ruptura plena e absoluta.
A intervenção em paredes e tetos com esses desenhos adesivados é já uma marca da artista, como é possível ver nessas imagens de outros trabalhos seus.
Nessa exposição há também um vídeo que apresenta as patas em movimento no espaço e com uma trilha sonora bastante sugestiva, patinhas menores são acompanhadas de barulhos cômicos, como se aquele animalzinho por ali estivesse passando e quando se trata de patas de animais maiores, os sons são mais abafados e pesados. Achei isso muito divertido. ;-D
Vale lembrar que a entrada é franca e, como tudo o que acontece nessa galeria da Caixa, pouquíssima gente estava por lá. :-p
Espero que apareçam professores com seus alunos, ao menos. Fica registrada a dica de um programa muito bom para nossas crianças. \o/ \o/ \o/

2 comentários:

  1. achei muito criativa suas obras

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  2. achei muito criativo essas obras... eu nao conhecia regina silveira e nem suas obras ate minha professora de artes pedi um trabalho sobre a vida de regina silveira e suas obras assim fiquei conheçendo um poco mais de sua vida e de suas belas obras.... tchau bjs

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