quarta-feira, 9 de março de 2011

Sem máscara

É preciso mesmo ter coragem.

Coragem parece ser virtude para empregarmos em campos de batalhas, literalmente falando, ou uma das que se reserva para o caso de atividades de alto risco, não é mesmo?
Eu desconfio, no entanto, que isso não é completamente verdadeiro.

É preciso ter coragem para não se ter medo, simplesmente. rsrsrs

Por exemplo, conviver é algo normalmente temeroso.
Levante o dedo quem nunca sentiu medo de pessoas comuns e sorridentes ou más e falsas, com as quais, no entanto, você conviveu ou convive...

Ser sorridente apenas por que se é bom é algo menos comum, infelizmente.
Sorrir exige que você tenha bons dentes ou muito desprendimento para ainda sorrir quando banguela.
Eu quero frequentar dentistas e sorrir. Também não quero ter medo das outras pessoas, todas comuns e iguais a mim, ainda que eu tenha sido como algumas delas apenas há duzentos anos, já passados e superados, graças a Deus!

Quero é saber com quem eu vou estar parecido no futuro, que é certo!
Espero que eu ao menos me aproxime da coragem demonstrada por Cristo ressuscitado!
Por ora, ainda pereço o parecer aflito: é que sou ainda jovem no exercício da bondade e muito, muito velho em sofrimento! ;-)

4 comentários:

  1. Seria mesmo bom viver totalmente sem máscaras. Entretanto, em nossa sociedade é tudo tão invertido que nós acabamos por viver mascarados para nos adequarmos ou, simplesmente, parecermos normais quando no fundo deveria ser tudo diferente. Ou não?
    E em nossa mesma sociedade me parece que a bondade e sofrimento estão intrisicamente ligados, não?
    E viva a quarta-feira de cinzas, já não podia mais. rsrs

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  2. Renata,
    Que delícia um comentário seu por aqui.
    Tentando responder sua primeira pergunta: Ser autêntico é ainda tirar a máscara tão somente para que ela não fique presa à cara... não é mesmo?
    Já em relação à segunda pergunta, sou da opinião que sofrer faz parte desse mundo (planeta) e que bondade é o que faz a coisa toda ter sentido, o complementar (que é o sentido que me interessa).
    Mas acho que suas perguntas eram retóricas, né? rsrsrs
    A quarta-feira de cinzas é importantíssima! Também acho... rsrsrs

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  3. Oi Josafá!
    Não tinha sumido, estava viajando!
    Como gostaria de estar em SP e ver a exposição do Masp. Adoro um museu!
    Quanto ao seu texto, estou com um pronto justamente sobre o assunto, o que está por traz das máscaras, a nossa reação quando elas caem, como vemos os outros e somos vistos por eles...É, estamos passando uma situação assim e a primeira coisa que me veio a mente foi desabafar escrevendo, mas meu marido achou muito cedo para expor meu pensamento. Depois posto! Afinal estamos em um constante bal masqué!

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  4. Que ótima essa sintonia Valéria!
    Estamos mesmo no tal baile. Ainda bem que temos a coragem necessária para tirarmos a própria máscara, no momento oportuno, não é mesmo?
    Sábio marido esse que acha melhor aguardar. Afinal, tudo tem o seu tempo. Escrever é muito bom, porque nos deixa quiça um tantinho mais equilibrados.
    Vou ler o seu texto também, quando for postado. ;-)

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