segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Baby meeting \o/

Hoje quando entrei no transporte público as pessoas me olharam.Ok. Não foi um olhar de repreensão, mas tampouco de aprovação. Era aquele olhar indiferente que os adultos têm uns para com os outros.
Então, entrou um jovem pai, pela porta traseira (era um amigo bonachão do motorista) e animado, carregava no colo uma bebê muito linda e meiga. A verdade é que todos os bebês são assim, não é mesmo? É absolutamente instintivo, graças a Deus, gostarmos de bebês, ainda mais se não estiverem aborrecidos ou chorando, mas apenas tranquilos.
O pai sentou-se ao meu lado e eu distraído olhava para a frente. Então, ouvi ele dizer para a bebê:

- Está rindo para o moço? Está?

Olhei na direção dos dois e a bebê sorria para mim! E ainda sorriu mais, quando eu fiz cara de simpático: aquela cara que se mostra para os bebês.
Lembrei-me, então, que sempre foi assim: os bebês me adoram. Todo bebê quando me vê fica feliz e isso deixa-me siderado, ou seja, também feliz e quase que com a indelével impressão de que sou bom, de verdade! ;-)
A verdade é que eu acho que nascemos todos mais ou menos defeituosos, mas logo que nascemos isso não parece evidente, graças a Deus! E as crianças, na fragilidade característica dos infans, são essas criaturinhas que todos temos que cuidar e amar: aliás não podemos compreender quem faça mal a uma criança, ainda mais assim na tenra idade, como também praticamente ninguém consegue perdoar quem assim procede.
Do mesmo modo, há uma compreensão de que quando os bebês olham e sorriem para um adulto é porque vêem nele essa própria vocação para a bondade.
Eu quero assim acreditar: é tão intenso e tão comum esse meu contato feliz com os bebês!
É verdade que eu também fico um pouco constrangido: Por que o baby pode ver o que eu ainda não transpareço para qualquer um?
Quem dera eu pudesse ter a coragem de ser bondoso para com todos, de ver em todos a mesma carência de cuidados e de amor que tiveram quando bebês.

Afinal, de verdade, acredito que somos todos apenas crianças crescidas.

A imagem lá em cima é de um blog de uma ilustradora que faz mil enfeitinhos para quartos de bebês! Eu não resisti e trouxe esse para cá. Vale uma visita no Allsorts! de Jenny B. Harris.

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