Há uma qualidade no artista que me parece sempre notável: poder dizer o que sente, o que pensa, de um modo que não ocorreu a ninguém mais dizer. Ou mesmo quando ocorre de seu modo de expressão ser mais ou menos semelhante ao de algum outro (seja pela escolha dos materiais com os quais trabalha, ou, enfim, por uma preocupação ou temática que acaba por ser comum a mais de um artista) isso não impede que naquele artista em particular tal maneira de se expressar se desdobre naquilo que só pode ser particularidade desse artista: único, de alma inviolável.
Assim sendo, todo artista traduz sempre o seu desejo muito pessoal de expressão, revelando aquilo que lhe é próprio, incomum, mas que, em contrapartida, toca a todos por que ao menos nisso há uma centelha de revelação de algo conhecido, ou seja, podemos notar que redescobrimos em determinado artefato, objeto de arte, criado por um outro alguém, aquilo que - em se tratando de sentimentos ou de uma reflexão em direção a determinadas referências temáticas ou ainda de uma cosmovisão - aquilo que já estava em mim, guardado como desejo de memória ou mesmo de permanência no belo, no inefável...
Cada artista fala de um desconhecido que, entretanto, já nos fora dado em algum outro lugar, que não o aqui e agora, imediatos. É como se abrissem com cada uma de suas criações brechas no tempo e no espaço e fizessem, então, surgir esse surpreendente (des)conhecido, que emociona, tão somente por que sempre fora possível.
Essa minha reflexão vem a propósito do trabalho dessa artista nascida em Paris e radicada em Portugal: Joana Vasconcelos.
Have a nice weekend!
Assim sendo, todo artista traduz sempre o seu desejo muito pessoal de expressão, revelando aquilo que lhe é próprio, incomum, mas que, em contrapartida, toca a todos por que ao menos nisso há uma centelha de revelação de algo conhecido, ou seja, podemos notar que redescobrimos em determinado artefato, objeto de arte, criado por um outro alguém, aquilo que - em se tratando de sentimentos ou de uma reflexão em direção a determinadas referências temáticas ou ainda de uma cosmovisão - aquilo que já estava em mim, guardado como desejo de memória ou mesmo de permanência no belo, no inefável...
Cada artista fala de um desconhecido que, entretanto, já nos fora dado em algum outro lugar, que não o aqui e agora, imediatos. É como se abrissem com cada uma de suas criações brechas no tempo e no espaço e fizessem, então, surgir esse surpreendente (des)conhecido, que emociona, tão somente por que sempre fora possível.
Essa minha reflexão vem a propósito do trabalho dessa artista nascida em Paris e radicada em Portugal: Joana Vasconcelos.
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