Acerca de um ano, o Eduardo Garofalo, do blog Coletivo 308, postou o que ele chamou de um "Belo texto do Henri Matisse".
Ele tem toda a razão, uma vez que, logo no começo do texto, Matisse irá nos dizer:
O desenho é a possessão. A cada linha deve corresponder outra linha que faça um contrapeso, da mesma forma que se abraça, que se possui com dois braços. A vontade de possessão é mais ou menos forte segundo cada ser; há quem deseja frouxamente.
E ainda mais:
Criar é próprio do artista; onde não há criação, a arte não existe. Mas seria enganoso atribuir este poder criador a um dom inato. Em matéria de arte, o criador autêntico não é apenas um ser dotado; é um homem que soube ordenar para sua finalidade todo um facho de atividades cujo resultado é a obra de arte. É assim que para o artista, a criação começa na visão. Ver, isso já é uma operação criadora, que exige esforço. Tudo o que vemos na vida diária sofre mais ou menos a deformação produzida pelos hábitos adquiridos, e o fato é talvez mais sensível numa época como a nossa, onde o cinema, a publicidade e as revistas nos impõem cotidianamente um fluxo de imagens prontas que são um pouco, na ordem da visão, o que é o preconceito na ordem da inteligência.
Fiquei muito satisfeito de ter a certeza de que além de apreciar as obras, eu comungo plenamente com as ideias de Matisse.
Para ilustrar esse post, trouxe O Abraço, de Henri Matisse, que como pode se ver tem duas peculiaridades: é um Matisse PB e é também très érotique.
Para ler o texto na íntegra:
Apesar de não concordar em gênero, número e grau, é um texto acalentador para quem cria.
ResponderExcluirValeu Josafá!
ResponderExcluirContinuemos firmes, fortes e bons! E, claro, no que se refere a cultura, estás votado!
Não é mesmo? Mas também, se vocês artistas acalentam a nós todos, full time, há que se ter quem os acalente também. Nada melhor do que um acalanto de Matisse... ;-D
ResponderExcluirPreciso dizer: o seu trabalho é excelente! Eu já conferi. People! Recomendo.
Cara, vc foi mais rápido eu removi o comentário porque precisei corrigir a palavra: vi no dicionário que não é acalento, mas acalanto! rsrsrs
ótimo post!
ResponderExcluire a ilustração, perfeita!!
Kika,
ResponderExcluirEu achei mesmo que vc seria uma pessoa que curtiria ler as palavras de Matisse e ver essa ilustração tão apropriada para o contexto, né?