domingo, 24 de julho de 2011

Glauco Rodrigues

Ontem, fui ver a Saideira Hitchcock, no Cinesesc, o magnífico Janela Indiscreta. Estava com saudades de Grace Kelly!
No entanto, cheguei muito cedo na região da Paulista. Como precisava matar o tempo, pensei: o que eu poderia fazer? Vou tomar um café no Viena, no Conjunto Nacional. Ao lado do café, vejo a Caixa Cultural e dentro da galeria todo um colorido nas paredes.
Trata-se dos trabalhos de um dos maiores pintores da arte brasileira contemporânea, um mestre do desenho, gravador, ilustrador e cenógrafo: Glauco Rodrigues.
A exposição O Universo gráfico de Glauco Rodrigues privilegia a linguagem gráfica, as mais de 100 obras ali expostas dizem respeito, na sua maioria, às soluções do artista para o processo serigráfico e litográfico, em que ele desenvolveu a mesma virtuose que encontramos na sua pintura.
São lindas, por exemplo, as imagens de São Sebastião (padroeiro da cidade de origem do artista, Bagé, no Rio Grande do Sul, e também da cidade em que ele viveu mais tempo, Rio de Janeiro).
Aliás, a brasilidade da sua obra é muito oriunda dessa experiência na cidade carioca. Há um vigor e uma alegria muito cariocas e que ali é representada: nas ilustrações do carnaval, do futebol, das garotas...
Pude concluir que a sofisticação na obra de Glauco se reveste da técnica e do bom gosto do artista, já a beleza vem da simplicidade dos tipos humanos representados, essa gente brasileira e feliz.
A exposição também inclui, obras de Glauco como designer, vale a pena conferir as suas capas para a revista Senhor e também as suas capas de disco: no tempo em que as dos LPs eram verdadeiros quadros!

Você não vai ficar em casa, sem fazer nada, em pleno domingo, quando poderia ir ver esse acervo magnífico, não é mesmo?





2 comentários:

  1. Vi essa exposição. Muito interessante. Não conhecia o artista e nem o trabalho. Gostei das cores e da brasilidade. Fiquei até com vontade de fazer um curso de lito e serigrafia pois são técnicas que desconheço. Tenho até um livo aqui em casa, clássico da fotografia, que ganhei de presente, que ensina a fazer serigrafia a partir de fotografias. Só falta mesmo e ler e praticar.

    Interessante você ter comentado "no tempo em que as dos LPs eram verdadeiros quadros!" nossa amiga Corrêa, que está aniversariando, e uma vez dei um LP do filme Blade Runner em forma de quadro para ela colocar na parede. Ficou legal. Eu tenho um quadro com uma capa do LP do filme Amadeus

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  2. Luis,
    Que ótima essa coincidência de pensarmos ambos e também a Côrrea about as capas de LPs como quadros. Decorar paredes é comigo, cara. Isso foi uma das coisas que essa exposição também me motivou: o desejo de ter aqueles quadros nas paredes de casa! kkk
    Confesso que também senti vontade de aprender serigrafia ou lito é que depois que vemos as do artista temos mesmo impressão de que é uma coisa fácil de fazer! Será? kkkk

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