via Dolls of India |
Assim sendo, fiquei com vontade de dizer que eu acredito (do mesmo modo que acredito em Deus) que a lição maior que podíamos dar ao mundo seria a de sermos cordatos com todos, in-dis-tin-ta-men-te: com o rico e com o pobre, com os poderosos do mundo e também com os que nele são humilhados, com nossos amigos e inimigos.
Se tal atitude for mesmo aquela do fundo do coração, abarcando assim a virtude da profunda sinceridade, poderíamos ainda, ao fim dessa vida, dizer o mesmo que sugere o poeta Manuel Bandeira no seu poema e, tão somente, por que afinal já teríamos exercitado muito essa atitude:
CONSOADA
Quando a indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou caroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez sorria, ou diga:
- Alô, iniludível!
O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios)
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa,
A mesa posta,
Com cada coisa em seu lugar.
eu não tinha visto esse post, lindo (e meio naquela linha, daquela música da marisa monte de que sempre me lembro- já te falei - pq sou má!). E esse final, ai, meu deus, Bandeira me faz chorar!
ResponderExcluirAdorei - me lembro sempre de vc qdo estou sem fé nas pessoas. Ou em mim (?)
bj,
K.
kkkk
ResponderExcluirSim você já me falou dessa canção. kkkk
Manuel Bandeira é meio que um santo brasileiro, não é não?
Ele provoca aquelas lágrimas sinceras que evocam toda transformação de alma.
Você para com esse papo de ficar sem fé em si: Está proibida, ouviu? kkkk
beijos kika!