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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Inspirado em William Morris

A emoção de conviver com diferentes pessoas.
Todas as pessoas em suas idiossincrasias.

Sobretudo, a emoção impar de conviver conosco mesmos, vinte e quatro horas por dia, todos os dias de uma vida...
Como não desejar conhecer-se melhor e, portanto, buscando abandonar os automatismos, a fim de perscrutar o imponderável dentro da gente?

Buscar conhecer-se tão bem, como quem conhece uma flor, que aparece no jardim em determinada manhã e encanta.

A flor, depois de cumprir seu breve itinerário, fenece.

O artista no entanto, faz o registro desse encantamento plasticamente, para deleite de si mesmo e dos outros, permitindo que algo do mistério dessa beleza permaneça.

Quero ser um artista ensimesmado e conquistar o registro da beleza de minh’alma.

Alcançar a síntese possível daquela transformação que ocorre no recôndito do meu ser, inevitavelmente.



works by William Morris, textile designer, artist and writer (1834-1896)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Abilities

by William Morris

Eu estou fortalecendo em mim o desenvolvimento, ainda que lenta e gradualmente, de algumas capacidades:

A capacidade de não se desesperar.

Embora o desespero tenha sempre sido espetacular, na vida real ele é patético e triste. Irmão gêmeo da desrazão, enfraquece qualquer desesperado, expondo-o ao torvelinho das circunstâncias demolidoras.

A capacidade de não alimentar raiva.

Embora a raiva possa acontecer com muita facilidade, sua expressão também é tola, e ainda nos coloca imediatamente frágeis diante do objeto da própria raiva, seja esse último uma porta ou uma pessoa.

A capacidade de silenciar-se em situações de conflito iminente.

Embora o combate verbal sempre conclame seus públicos, o que as pessoas querem ver é a rinha de galos e, nesse tipo de contenda, aqueles que se machucam são e-xa-ta-men-te os galos, levados para a tal rinha pela força de circunstâncias atormentadoras, em que os envolvidos todos estão cegos e emburricados.

A capacidade de fazer uma prece no lugar de alimentar o desespero, a raiva e a bulha.

Aliás, fazer isso mesmo no exato momento em que essas tristes ações seriam convocadas ou quando estariam ali latentes e, portanto, a nossa disposição, pois nesse momento é quando então se faz necessário convocar os anjos e aliados da primeira hora – o que definitivamente será mais vantajoso e benéfico do que alimentar inimizades.

by William Morris
Afinal, só temos antecipadamente uma única informação acerca de um inimigo qualquer: ele sempre irá nos solicitar aquelas mesmas provas de sentimentos espúrios das quais se nutre em relação a nós mesmos e muitas vezes em relação a todos os demais, a começar por si mesmo.

Bem, no que diz respeito a tais sentimentos, podemos simplesmente escolher no fundo do coração não senti-los em relação a ninguém.