Ontem, por um acaso, eu encontrei esse trabalho de Mademoiselle Maurice na web, assistindo a esse vídeo em que ela vai colando seus origamis em uma parede ao pé da escadaria que sobe para a Basílica de Sacré Coeur, em Paris. Aqui, suas dobraduras vão formando um triângulo que surge no meio de uma espécie de arco-íris feito de papéis nas cores características.
Se você visitar o site de Mademoiselle Maurice verá que ela trabalha também em outras frentes como a da fotografia.
Por lá é que fiquei sabendo do conceito por trás de suas instalações utilizando o Origami e que se espalham pelas ruas.
Ela conta que morou no japão, onde conheceu e aprendeu a técnica. Na verdade, o projeto nasceu quando ela decidiu participar de uma homenagem para Sadako Sasaki.
Sadako foi uma garotinha que viveu o horror da bomba de Hiroshima em suas trágicas consequências. Alguns anos depois, ela começou a ficar doente por conta do evento atômico de 1945. Então uma amiga foi visitá-la levando um Guindaste em Origami e lhe contou sobre a lenda japonesa dos mil Guindastes: de que uma pessoa, para obter um desejo impossível, deveria dobrar 1000 Guindastes de papel.
Evidentemente, o desejo de Sadako era o de ser curada de sua doença. Mas, ela morreu, aos doze anos de idade, depois de dobrar apenas 644 Guindastes.
A partir do contato com essa demonstração de criatividade, fiquei pensando nessa delicadeza necessária ao se fazer Origami, portanto, de se ir dobrando pacientemente cada pedacinho de papel até alcançar a forma que se pretenda: um flor, um pássaro, em diferentes tamanhos.
E no caso de Maurice, depois, pregá-los onde ela queira, seja em uma rua de Paris ou de Hong Kong. Ela, então, com seu trabalho persistente, forma o painel que projetou: sempre na rua para qualquer um poder admirar e, diante desse generoso presente, também refletir.
E no caso de Maurice, depois, pregá-los onde ela queira, seja em uma rua de Paris ou de Hong Kong. Ela, então, com seu trabalho persistente, forma o painel que projetou: sempre na rua para qualquer um poder admirar e, diante desse generoso presente, também refletir.
Evidentemente, tal trabalho chama a atenção por sua beleza, pelo tamanho da figura na parede ou muro, pela delicadeza de ela ser formada por tantas dobraduras e contendo as cores do arco-íris. Tais cores remetem, necessariamente, a tantas causas do bem, não é mesmo? Por exemplo, desde as ações do greenpeace à bandeira dos movimentos da galera GLBT etc.
Há ainda uma bonita convicção na proposta de Maurice: seu rigor em relação ao que é da ordem do efêmero. Trata-se de papel, portanto, de um material que se desmancha e sem degradar o meio em que foi instalado.
Há ainda uma bonita convicção na proposta de Maurice: seu rigor em relação ao que é da ordem do efêmero. Trata-se de papel, portanto, de um material que se desmancha e sem degradar o meio em que foi instalado.
Se você visitar o site de Mademoiselle Maurice verá que ela trabalha também em outras frentes como a da fotografia.
Estátua de Sadako Sasaki |
Por lá é que fiquei sabendo do conceito por trás de suas instalações utilizando o Origami e que se espalham pelas ruas.
Ela conta que morou no japão, onde conheceu e aprendeu a técnica. Na verdade, o projeto nasceu quando ela decidiu participar de uma homenagem para Sadako Sasaki.
Evidentemente, o desejo de Sadako era o de ser curada de sua doença. Mas, ela morreu, aos doze anos de idade, depois de dobrar apenas 644 Guindastes.
A morte de Sadako Sasaki causou profunda comoção e crianças de todo o Japão e do mundo enviaram para Hiroshima, suas Gruas de papel, em memória da garotinha. Um memorial foi criado para ela e nele se mantém a mensagem: Este é o nosso grito, esta é a nossa oração: Paz na Terra.
Mademoiselle Maurice morou no japão em 2011, época do fatídico tsunami, que, além de tudo, desdobrou-se em suas consequências nucleares. Foi também por essa razão que ela decidiu iniciar seu projeto em torno do Origami, o qual dedica ao povo japonês e a todas as vítimas de catástrofes nucleares.
Nenhum comentário:
Postar um comentário