Como sabem, eu estou lendo The Secret Garden by Frances Hodgson Burnett. E estou encantado com o livro e, claro, muito emocionado. Pois há passagens que são verdadeiras pérolas de espontaneidade infantil.
Lendo uma delas mergulhei tão fundo no sentido da descoberta ali expressa que, então, cheguei a pensar que sempre que me vejo muito empolgado, com literatura infantil ou com o universo da criança, sinto-me um pouco envergonhado com esse tipo de emoção que sinto, ou seja, por meio dessa identificação com a pureza expontânea que há na infância.
Explico-me melhor: o que primeiro me vem à mente é que tendo a achar que eu não deveria me emocionar tanto assim ou ser o alvo de uma identificação tão plena com essa mimesis da infância, na literatura ou na arte, e isso devido ao simples fato de que sou um adulto.
Por outro lado, tal vergonha logo passa, quando noto que há tanta coisa mais vergonhosa nas atitudes de um adulto, nas minhas próprias atitudes (ainda hoje e que são muito mais concretas!) do que a mera identificação com o que de puro e infantil sobrevive em mim e que, convenhamos, apenas comunga com um certo exagero de expressão. kkkkk
Sobretudo, quando a infância está em júbilo como nesta "cena" de O Jardim Secreto. Nela, as crianças veem a primavera chegar pela primeira vez.
Pois então, sim, Mary Lennox e Colin Craven, podemos ouvir com agradável surpresa soarem os trompetes dourados. Abram as janelas!
'It's so beautiful!' she said, a little breathless with her speed. 'You never saw anything so beautiful! It has come! I thought it had come that other morning, but it was only coming. It is here now! It has come, the Spring! Dickon says so!'
'Has it?' cried Colin, and thought he really knew nothing about it he felt his heart beat. He actually sat up in bed.
'Open the window!' He added, laughing half with joyful excitement and half at his own fancy. 'Perhaps we may hear golden trumpets!'
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