Maude Alice Cowles (1871-1905), Untitled, no date [ca. 1897?]. |
Trata-se do elogio à alegria.
O fato é que ele pode se dar em meio às circunstâncias mais fortuitas e por esse motivo é que se obliteram certos acontecimentos, aqueles capazes de instaurarem essencialmente em nossos corações o júbilo da alegria.
Assim sendo, quero fazer aqui uma espécie de inventário de passagens em que noto o registro da ocorrência desse elogio.
Por exemplo, quando alguém lhe diz, no dia dos namorados: Mas você não namora? Você não tem cara de solteiro!
Ao ouvir essa informação o que se sente é uma espécie de elogio à alegria... futura.
Há uma outra circunstância e que participa dessa cenografia: uma banda está tocando jazz ao fundo e você pede a uma pessoa superatraente e que atende no balcão do bar, uma garrafa de qualquer coisa, mas, então, ela traz apenas a tal garrafa. Em resposta, você delicadamente lhe diz: "Só falta você me trazer o copo..."
O riso franco e aberto de ambos é todo ele elogio à alegria.
Genevieve Almeda Cowles (born 1871), Untitled, no date [ca. 1897?]. |
Isso resulta em emoção de alegria, o que é uma variação do mesmo elogio à alegria de viver.
Até mesmo sentir frio em meio à neblina, ao deixar o abrigo, isso fará parte de mais um episódio de elogio à alegria.
É que há um calor que a sustenta em qualquer circunstância: aquela chama que não se apaga, mesmo que não saibamos os motivos de uma tal celebração da alma e possamos, então, apenas agradecer.
Obrigado, alegria!
Adorei, Josafá.
ResponderExcluirAo ler seu post lembrei-me de Fabrício Carpinejar que diz nele arder "a alegria, que não aceita ser felicidade, porque a felicidade é uma palavra muito longa e a alegria tem pressa…"
A alegria pode estar tão perto se soubermos vê-la, não é?
Parabéns pelo post. :)
Beijo.
Rita,
ExcluirSeus comentários nesse blog ardem em mim essa mesma alegria intensa e que evoca nossa proximidade de almas!
Que lindo, Josafá! Adoro você!
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<3
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