sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Ser Sherlock Holmes

Sherlock Holmes
Ilustração by  Sidney Paget


Quanta coisa pode acontecer em um curto intervalo de tempo!
Acordou, tomou banho e o café da manhã. Pegou seus pertences, guardou-os em uma bolsa e saiu para a rua.
Porque fazia sol usava óculos escuros.
Como sempre, ouvia música clássica pelos fones de ouvido.
No caminho, parecia chamar a atenção posto que um carro passara muito lenta e proximamente e, quando o motorista olhou em sua direção com atenção exagerada, achou isso mesmo extremamente vulgar.
Do episódio surtiu um efeito: o de pensar que não se controla a ação dos outros; apenas é possível, quando muito, evitar ou abrandar suas consequências, sejam elas nefastas ou benfazejas.
Tudo o que queria era a sorte de um amor tranquilo como na canção, mas só encontrava tranquilidade em um certo exercício da solidão.
Uma solidão sempre essencial: concentrada, disciplinada, posto que muito a quem do egoísmo. Na verdade, dele cada vez mais se apartando, além e além.
Isso era um pouco como nos filmes em que se é um agente secreto, mas não se é James Bond. 
É por isso que desconfiava que o importante na vida é a missão, assim sendo mesmo que dela só se tenha uma pista.
Por essa razão desejava muito mais desenvolver seus talentos na direção dos de um Sherlock Holmes.

2 comentários:

  1. observar os pequênos detalhes, deduzir o passado, tentar aproveitar a nescessidade para mudar o futuro é um dom que holmes possui: caracteristicas estas que o torna um heroi intelectual

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