quarta-feira, 1 de junho de 2011

Who are you ? Who am I ?

Love-in-a-Mist – Nigella Damascena
via House Plants Guru
Penso que é bastante suspeito julgarmos tanto assim as pessoas, como o fazemos comumente. Aliás, sempre me parece que, quando eu ajo desse modo, o faço por mera inércia, ou seja, por preguiça de ser bom.

Alguém me fez algum mal e, prontamente, começo a atribuir a essa pessoa o próprio poder da maldade!

Então, ela cresce de um modo desmesurado, na minha imaginação, e isso se dá, primeiramente, por que eu a cubro de adjetivos nefandos. Nunca me refiro a tal pessoa pelo nome, simplesmente, mas por um qualificativo, em geral antecedido pelo pronome demonstrativo:
Aquele...
Aquela...
Se ao menos eu pudesse ouvir a mim mesmo nesses momentos!
Confirmaria que eu não deixo de ser Aquele..., igualmente suspeito no âmago de seus atos e palavras.

É por esse motivo que eu quero cada vez mais poder, francamente, dizer aos meus semelhantes: Obrigado, você me ensinou muito a respeito de mim mesmo, sendo assim tão diferente de quem eu pensara ser...

6 comentários:

  1. (o final foi tão "alma boa de setsuan"!)
    Lembrei-me de cara de que passei por muito tempo me referindo a uma pessoa - que era mto idiota comigo - como bruxa! era só "a bruxa", nunca o nome junto. Um dia pensei que falar assim de alguém que me encheu de energia negativa não poderia trazer nada positivo, aí parei!

    *lembrei-me tb da música da marisa monte: "...eu trago o lixo para dentro/eu abro a porta para estranhos, eu cumprimento/eu quero aquilo que não tenho/ tenho tanto a fazer/ eu faço tudo pela metade/ eu não percebo/ eu falo muito palavrão, eu falo muito mal/ eu falo muito mesmo e sem saber o que estou falando/ eu falo muito bem, eu minto!"
    Acho que sou meio má mesmo!

    beijo,
    Kika

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  2. kkkkkk
    Você é uma fofa Kika!
    Adoro quando sou compreendido!
    E você é assim: essa pessoa que me compreende!
    Adoro!
    Essa postagem eu fiz porque aprendi isso! Posso amanhã, sei lá, cair no mesmo erro again, of course. Mas eu tive uma experiência bem interessante de mudar o foco com alguém e passar a ver a pessoa apenas como alguém parecida comigo naquilo que eu ainda não tenho de tão bom. Isso resulta em uma certa generosidade com o outro, porque ele não vira um monstrengo mas apenas gente como a gente (somos sempre mais generosos conosco, nesse quesito...rsrsrs) Isso ajuda-nos também a não sermos tão mauzinhos...rsrsrs

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  3. Você está certíssimo, Josafá. Julgamentos nunca são bons ou construtivos nem para os que são julgados (pois nunca sabemos suas reais motivações) nem para nós, que julgamos mesmo sem perceber. Ainda bem que, um dia, refletimos sobre esse ato. E a sua reflexão foi muito bela.

    Beijos, querido. Adorei!

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  4. Josafá, você não precisa agradecer nada aos seus semelhantes. Seus semelhantes devem lhes os agradecimentos. Acredito, que ninguém lhe ensinou nada a respeito de si mesmo, pois você nunca foi diferente de quem pensara ser. Apenas não tinha ouvido o seu coração, lhe dizer estas palavras:"Como é maravilhosa a sua sensibilidade!"Pois a sensibilidade, leva a alegria;a compreensão;a caridade;ao amor aos seus semelhantes, que por sua vez leva a paz.E quanta coisa você tem a nos ensinar, através das suas crônicas tão bem redigidas. Assim, podemos também descobrir como somos diferentes que quem pensávamos ser. Obridado, digo, eu.

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  5. Obrigado Rita Querida!
    Vamos aprendendo: experimentando e refletindo, não é mesmo?

    Anônimo,
    Elogios generosos fazem bem, só não me deixe mal acostumado! ;-)
    um abraço carinhoso aos dois!

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