terça-feira, 14 de junho de 2011

Eu também passei uma tarde com Margueritte!


Logo que eu soube que Gérard Depardieu, todo bonachão, estava em um filme contracenando com uma senhora de mais de 90 anos (Gisèle Casadesus). Eu disse para mim mesmo: Esse filme eu preciso ver...
É que eu confio nos franceses o suficiente para saber que de um encontro como esse só poderia acontecer um filme superbe!
E, na última segunda (nada como férias! Sessão às 13h15min., no Reserva Cultural), fui ver Minhas tardes com Margueritte (La tête en friche), quando tive a oportunidade de confirmar aquela minha intuição.
Todo mundo que ama os livros e a literatura sabe que, para muito além de qualquer esnobismo, amar os clássicos da literatura, como A Peste, de Camus, é algo que faz sentido, sobretudo porque a literatura sempre transforma a vida das pessoas.
Não, as pessoas não precisam tanto assim de conforto material, elas precisam de conforto espiritual. As palavras bem ditas caem no coração, muito naturalmente, e fazem brotar as atitudes certas a se tomar na vida!
É isso o que ocorre com Germain, um homem simples do interior da frança, semi-analfabeto e que embora simplório, tem um coração vasto, generoso! Quando ele encontra a velha senhora Margueritte, sentada na mesma praça em que ele cuida de pombos, descobre que ela é uma senhora que adora os livros. O início dessa relação imprevista e improvável permite que Germain atravesse aquela ponte da reflexão que o contato com a palavra escrita exige que atravessemos e que ainda nos permite fazer a passagem para uma vida em segundo grau!
O mais singelo, contudo, é que o filme ensina que alcançar a civilidade longe de ser o que muitos pensam, o contato inevitável com o materialismo, é a oportunidade para exercitar ainda mais e melhor o amor e a caridade!
Preciso dizer algo mais e importante: não se preocupe se você tiver que chorar de emoção, o filme solicita isso mesmo (não, isso não é piegas!) e lembre-se sempre que as lágrimas sinceras são o verdadeiro sintoma de uma renovação.

 

7 comentários:

  1. Ah, este está na lista - devo ver nesta semana! :)
    abraços,

    Solange

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  2. Bacana Solange!
    Depois quero saber sua opinião lá no seu blog também! ;-)
    beijos

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  3. Tudo que expressa amor e caridade, é intocável|é emoção; é doce; é humano. Não consigo definir. Adorei!!!

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  4. Viva a delicadeza! Sem isso, o quê?!
    Gentileza, sutileza, leveza... Que esperança renovada em tudo quando a gente vê filmes que vão dar aí, né?

    luciana

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  5. Anônimo,
    Tenho certeza que vc iria curtir muito! ;-)
    Lu querida,
    Não deixe de ver é coisa nossa, totalmente nossa. A nossa cara. ;-)
    beijos no coração dos dois!

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  6. Este comentário foi removido pelo autor.

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  7. Adoraria ver, mas aqui temos poucas opções de filmes. Só que este já vai pra minha lista de desejos. rsrsrs

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