segunda-feira, 3 de junho de 2013

Entrevista com um otimista

- Em que você anda pensando?

- Como não sou filósofo, não estou construindo nenhum pensamento propriamente, ou seja, no sentido filosófico da palavra. Mas penso, comumente. Apenas tenho me esforçado para pensar com cuidado. Ou seja, procuro não por em palavras nada que seja expressão de um sentimento corrosivo ou deprimente.

- E você consegue fazer isso o tempo todo?

- Por vezes, naufrago no hábito de pensar mal ou pela força do hábito. E acho que somos todos viciados em pensar assim. Mas, quando me vejo enveredando por esse caminho, imediatamente, procuro me lembrar da promessa que fiz a mim mesmo e que foi a de ser uma pessoa melhor de um modo geral.

- Então, esse compromisso do pensamento por meio de palavras “vivificantes”, se podemos chamar assim, em oposição àquelas que expressariam algo deprimente ou mortificante, tem também algo a ver com as outras pessoas?

- Na verdade, tem tudo a ver com os outros, mas sobretudo com esse outro que eu próprio costumava ser e que, às vezes mais às vezes menos, era a expressão de alguém corrosivo, deprimente, maledicente, enfim, isso tudo que torna a vida um sofrimento insuportável. Enfim, trata-se de uma tentativa muito sincera de aprender a amar.

- Por isso é que você tem exercitado pensar e falar assim de um jeito diferente?

- Sim, é um modo diferente porque incomum e, claro, é ainda um jeito de expressar o pensamento que é absolutamente novo para mim. Mas eu sei que as pessoas vão me ver daqui em diante e possivelmente desejarão dizer: como ele está diferente! Eu confio que isso irá acontecer, inexoravelmente, e cada vez com mais frequência, se Deus quiser e graças a Deus!

- Você poderia nos dar um exemplo do que constitui na prática esse modo de pensar?

imagem via Wiki
- Por exemplo, evitar ao máximo falar mal das pessoas, simplesmente porque isso não é vital e tampouco vitalizante.
Querer e verbalizar isto: eu mereço o melhor, aquilo que Deus tem reservado para mim, desde sempre.
Desejar o bem para qualquer um. Não se queixar de nada, absolutamente.
Agradecer a Deus por tudo, até pelo que inicialmente possa parecer que não é algo bom (no final das contas sempre é, apenas preciso ter paciência para alcançar o desfecho da tal situação de conflito).
Ser generoso consigo e com o maior número possível de pessoas.
Em todas as ocasiões, pensar verdadeiramente: o entusiasmo divino me anima e cumpro com gratidão minha vida de alegria e triunfo.

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