Yo-Yo Ma |
A começar pelo fato de ele tocar violoncelo. Ontem, na sua apresentação na Sala São Paulo, não sei se ele tocava o Montagnana, de 1733, ou o Stradivarius Davidoff, de 1712. De qualquer modo, ele pôde extrair daquele instrumento que tocava uma suavidade, uma delicadeza e precisão sem iguais.
Foi incrível observar seu corpo como extensão do instrumento, bem como sua concentração, frutos da técnica e da experiência do musicista.
Com artistas desse quilate quase não temos contato no nosso cotidiano, não é mesmo? A mim, por exemplo, teria sido impossível ouvir um concerto como esse, se não fora eu ganhar o ingresso. E, assim, por tudo isto, eu me sentia grato: por estar ali, ouvindo o raro violoncelo de Yo-Yo Ma, bem como o piano perfeito da inglesa Kathryn Stott, com quem ele tocava.
Quando a gente confere a performance de artistas de tanto prestígio e de carreiras tão gloriosas em toda sua longevidade, sentimos que há qualquer esperança no futuro da humanidade, sim! Essa é uma das provas que justifica o futuro feliz que nos aguarda.
Toda a criação divina em seu esplendor se revela por tais depoimentos, eles são como sinais de que o futuro é belo e bom! Assim, clamava, ontem, o som do piano, do violoncelo, fosse por meio da Suite italienne de Igor Stravinsky, ou da Alma Brasileira de Villa-Lobos, do Oblivion de Astor Piazzolla ou da Dança Negra, de Carmargo Guarnieri.
Kathryn Stott |
Hoje, na Série Azul, eles tocam Manuel de Falla, Olivier Messiaen e Johannes Brahms.
Ontem, em tempo real, no intervalo do concerto, postei no facebook: “obrigado obrigado obrigado ouvir yo-yo ma e kathryn stott tocando villa-lobos e piazzolla foi incrível! graças e louvores a Deus! aos anjos nos céus!”
Estou me sentindo assim mesmo até agora, ou seja, agradecido aos anjos todos! ;-)
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