segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Ark Nova


Hoje pela manhã, eu ouvia a colunista Claudia Toni do programa Começando o dia, na rádio cultura FM de São Paulo, e ela nos contava sobre um importante projeto desenvolvido por iniciativa de importantes artistas do universo da música erudita e que se reúnem em torno do Lucerne Festival, na Suíça. Essa instituição iniciou, desde 2011, uma ação para para levar música, esperança e a promessa de dias melhores para todos os habitantes daquela região que sofreu o grande e trágico terremoto, no Japão, em março de 2011.
Essa é a ideia, o objetivo, do projeto Ark Nova (Nova Arca), desenvolvido pelo Lucerne Festival, em parceria com Kajimoto Music.

Sob a direção de Arata Isozaki, um dos arquitetos mais solicitados do mundo, uma sala móvel de concertos está sendo construída, e ela poderá ser transportada para vários lugares da região japonesa devastada pelo terremoto, utilizando-se para tanto de 3 caminhões.

O design da estrutura arquitetônica tem vários componentes, incluindo um salão com capacidade para cerca de 700 espectadores. A concha inflável é feita de um material elástico e que permitirá montagem e desmontagem rápidas.

Isozaki está trabalhando neste projeto em estreita colaboração com o indiano Anish Kapoor, escultor radicado na Inglaterra, responsável pelo projeto da monumental cúpula/escudo do edifício. A acústica da sala ficou a cargo de Yasuhisa Toyota e David Staples, também de Londres, está atuando como consultor especialista em teatro.

A sala irá fornecer uma plataforma única para as apresentações, mas, apesar disso, elas poderão abranger música clássica, jazz, dança, eventos multimédia e projetos artísticos interdisciplinares de importantes artistas e conjuntos de todo o mundo.

Um comitê artístico, formado por personalidades de renome e que têm seus nomes ligados ao Lucerne Festival, apoia o planejamento dos programas de tais apresentações. Evidentemente, pretende-se que os espetáculos tenham suporte de patrocinadores e demais apoiadores, a fim de proporcionar à população da região acesso livre nas apresentações de tais programas.

Além de ser uma plataforma móvel de performances e espetáculos, espera-se, sobretudo, que esse seja um local de encontro, em que as pessoas possam ter oportunidade de criação e, assim sendo, essa será uma contribuição duradoura para que se possa voltar à normalidade nesta região tão sofrida desde a tragédia.

Eu fiz questão de trazer para esse blog essa informação, pois acredito que o mundo tem assistido a esses eventos tão dolorosos, e ultimamente mais numerosos, mas não podemos esquecer que sempre acompanham tais circunstâncias a iniciativa da solidariedade humana e que isso pode se dar das formas as mais variadas. 

É mesmo muito emocionante quando, por exemplo, artistas resolvem dar sua contribuição. Afinal, a música é de uma vitalidade sem igual no mundo em que vivemos e, quando tal arte se associa com o engenho arquitetônico, o resultado só pode mesmo ser admirável.

Importante: vale a pena ouvir o podcast da colunista - click no nome dela escrito neste post lá no primeiro parágrafo -  para, então, saber de mais detalhes ainda, os quais, enfim, não abordei nesta postagem. ;-)



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