terça-feira, 1 de novembro de 2011

Somos como as flores de Fong Qi Wei

Eu ainda espero poder cuidar de um jardim! Espero ter um jardim para eu cuidar. Quando eu era adolescente eu o fazia, cuidava de um jardim mas ele pertencia a um amigo e patrão e, às vezes, eu desempenhava minha tarefa com má vontade. Nesse tempo a coisa toda era também uma obrigação.

Agora, que não a tenho mais, sinto tanta falta! Claro, tenho lá em casa uns vasinhos com plantas, que minha mamãe cuida com todo o amor. É por isso que as plantinhas lá de casa são lindas, embora eu também acredite que minha mãe deve ter ajuda de uns anjinhos. Só pode ser isso! As plantas da minha mãe nesses vasos são lindas demais. Eu também tenho ao pé da minha janela um vaso enorme, em que plantei a Dama da Noite e agora tenho ainda outro vaso, que, todo feliz, tem nos presenteado, insistentemente, com seus Copos de Leite. Nem preciso dizer que ambos os vasos são absolutamente meus xodós.

Já, hoje, navegando na web, encontrei esse trabalho muito simples, singelo mesmo, quase uma brincadeira de criança e que, no entanto, tem esse resultado de encher os olhos! São as imagens da série Flores, suas formas, por seus componentes individuais, do fotógrafo de Singapura: Fong Qi Wei.  O interessante nesse trabalho é isso mesmo: a possibilidade de recriar a forma de cada flor, mas pela dispersão dos componentes individuais da mesma e que, portanto, se expandem no espaço da folha em branco.

Estou falando em flores e lembro-me que estamos na véspera do Dia de Finados. Assim sendo, amanhã, muitos levarão flores aos cemitérios para homenagear seus entes queridos desencarnados. Tais visitantes as depositarão nos túmulos em que jazem apenas os restos da matéria que revestia aqueles espíritos amigos.

Que seja mesmo assim, uma vez que sabemos que tal data, e que acontece todos os anos, encerra uma importante lição: a de que, sim, importa lembrar uma vez mais que nosso espírito permanece perene!
Então, que seja essa lembrança somada com uma outra: a da beleza espiritual.
Que conosco ocorra o mesmo que ocorre com essas flores de Fong Qi Wei. Nelas, a beleza de cada um dos seus componentes individuais, e que compõem o quadro maior de uma expansão, está a nos lembrar de algo que seria uma tradução do espírito da flor, ou seja, sua essência e que reside nessa forma recomposta.


3 comentários:

  1. Muito lindo, tudo isso!!!

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  2. Lindo trabalho de Fong Qi Wei. Delicado e lindo!

    Ah! Nem preciso dizer que compartilho de todas essas ideias que expôs, não é? Mas eu disse! =)

    Beijo, Josafá!

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  3. Obrigado, gente boa!
    Sim, vamos dizendo o que desejamos dizer Rita Ribeiro!
    beijo!

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