Eu já tinha ouvido e visto nos telejornais que a apresentação, no último feriado, de Andrea Bocelli, nos jardins do museu do Ipiranga, em São Paulo, fora um sucesso de público: creio que um número superior a mil pessoas acorreram para ouvir e aplaudir o tenor italiano.
Eu não o conhecia e continuo sem conhecer o seu trabalho como um todo. Mas na última 6a feira tive uma grata surpresa na TV aberta: Andrea cantava uma ária clássica e popular acompanhado de uma pequena orquestra, bem como de um pequeno coro que, por sua vez, o acompanhava apenas no refrão.
O timbre da voz de um tenor é sempre envolvente. Tal voz masculina é mesmo muito agradável de se ouvir. Penso que ela nos permite um êxtase de alegria, devido aos seus virtuosismos, e que é assim liberada, porque o ouvinte é poupado de qualquer constrangimento durante a apreciação da performance do cantor. Esse é o modo como vejo o sucesso absoluto dos famosos tenores todos. Mas Andrea tem uma particularidade: seu perfil é singelo, é um homem de esqueleto elegante e, muito provavelmente porque é deficiente visual, canta sempre com as pálpebras fechadas. E então, emociona a todos com sua voz, com seu canto e, sobretudo, na concentração que sua figura evoca no palco.
Na curta entrevista que acabou por conceder ao apresentador do programa encantou-me ainda mais. Revelou-se de uma simplicidade tocante, quer por sua natureza ou mesmo pelo que parece ser uma espécie de timidez. Ao ser perguntado sobre quando começou a cantar profissionalmente, respondeu: Nunca. Para ele, cantar é sempre ofício de diletante. E falava sério não era jogo de cena de uma estrela internacional.
Noutro pequeno episódio da conversa, ficamos sabendo que seu pai, já falecido, produzia vinho e que ele e o irmão continuam com uma pequena produção da bebida na terra natal. Mesmo sem poder beber o quanto gostaria, disse seguir a lição de um ditado italiano que diz: Há um vinho morte e um vinho vida... Assim sendo, disse-nos que é melhor beber bem e beber o vinho vida.
Eu não o conhecia e continuo sem conhecer o seu trabalho como um todo. Mas na última 6a feira tive uma grata surpresa na TV aberta: Andrea cantava uma ária clássica e popular acompanhado de uma pequena orquestra, bem como de um pequeno coro que, por sua vez, o acompanhava apenas no refrão.
O timbre da voz de um tenor é sempre envolvente. Tal voz masculina é mesmo muito agradável de se ouvir. Penso que ela nos permite um êxtase de alegria, devido aos seus virtuosismos, e que é assim liberada, porque o ouvinte é poupado de qualquer constrangimento durante a apreciação da performance do cantor. Esse é o modo como vejo o sucesso absoluto dos famosos tenores todos. Mas Andrea tem uma particularidade: seu perfil é singelo, é um homem de esqueleto elegante e, muito provavelmente porque é deficiente visual, canta sempre com as pálpebras fechadas. E então, emociona a todos com sua voz, com seu canto e, sobretudo, na concentração que sua figura evoca no palco.
Na curta entrevista que acabou por conceder ao apresentador do programa encantou-me ainda mais. Revelou-se de uma simplicidade tocante, quer por sua natureza ou mesmo pelo que parece ser uma espécie de timidez. Ao ser perguntado sobre quando começou a cantar profissionalmente, respondeu: Nunca. Para ele, cantar é sempre ofício de diletante. E falava sério não era jogo de cena de uma estrela internacional.
Noutro pequeno episódio da conversa, ficamos sabendo que seu pai, já falecido, produzia vinho e que ele e o irmão continuam com uma pequena produção da bebida na terra natal. Mesmo sem poder beber o quanto gostaria, disse seguir a lição de um ditado italiano que diz: Há um vinho morte e um vinho vida... Assim sendo, disse-nos que é melhor beber bem e beber o vinho vida.
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