Outro dia fiquei muito triste porque uma pessoa da minha
família dizia no facebook: “Eu sou a favor do pastor Marco Feliciano” Sim, li
isso com profundo pesar, pois considero um desrespeito a mim que uma pessoa da
minha família defenda a posição do famigerado pastor.
Ele é um personagem muito conhecido atualmente por representar,
antes de qualquer coisa, o escândalo do fanatismo religioso. Aliás, vamos
combinar que não há nada mais lamentável nesse mundo do que a ação daqueles que
pregam o contrário do que Cristo pregou. O fazem acreditando, coitados, serem defensores
da moral do próprio Cristo, pois não sabem que a postura que defendem é verdadeiramente
resultado de uma interpretação equivocada do que encontram na Bíblia.
Vamos acreditar que é só isso, ou seja, que se trata apenas
de ignorância. Sempre será isso, de qualquer modo, pois ainda que alguém como
ele fosse um personagem consciente do mal que está fazendo, ou seja, ignorando
o amor incondicional, semeando ódio, discórdia e rancor, simplesmente... Isso
tudo já sinalizaria de qualquer modo uma profunda ignorância.
Evidentemente, seu comportamento anacrônico evidencia mais: a
urgência de renovarmos nossas atitudes de respeito aos mais diferenciados
perfis humanos. Todos nós em relação a todos os outros. Nesse sentido, é
possível considerar alguma beleza no que sua atitude resultou: mesmo que ela
surja em meio ao pantanal do escândalo.
Quando vi qual era a pessoa da minha família que dizia
apoiar o cara, pensei: Nossa! Só podia ser esta pessoa! Sempre acreditei que
ela era bissexual. Não deve mesmo ser fácil ser bissexual... Por exemplo, eu
acredito que o Feliciano é um bissexual, porque somente alguém com muita
dificuldade com a própria orientação sexual pode se incomodar com a orientação
que rege a vida das outras pessoas: e digo que ele, muito provavelmente, é um bissexual, porque entendo
que ele tem uma esposa e pôde procriar com ela, parece que ele tem filhos que ajudou
a gerar. Assim sendo, alguma atividade sexual de “desenho heterossexual” ele
tem. Porém, somente alguém vivendo como homem e tendo desejo por outro homem,
mas achando que não pode assumir esse desejo nem para si mesmo, somente alguém
que vive tal conflito seria capaz de odiar e combater o desejo daqueles que não
veem problema algum nisso mesmo.
Eu não sei o que irá acontecer comigo em um futuro distante,
sobretudo em outra vida (como meu espírito estará atuando sexualmente em tal ocasião).
Eu apenas peço a Deus que eu não precise viver um conflito dessa natureza, como
o que vive o pastor, pois concebo como horrível a possibilidade de vir a não
aceitar uma dubiedade ou uma filigrana de um desejo ainda em ascensão ou, quiça,
já em declínio e, por conta dessa não aceitação, ainda arrastar de carona para
os combates do mundo, combates sempre povoados de implicações sociais, grupos
que inflamam suas divergências diante de um conflito íntimo semelhante.
A verdade é que
apenas o conflito é semelhante, ao que qualquer um poderia viver estando na mesma
situação, mas como agir mediante tal conflito (pasmem!) isso ainda pertence
absolutamente à esfera íntima.
Eu sei que o amor irá vencer! Ele sempre vence, graças a
Deus!
Genial, Josafá. É importante continuar acreditando na liberdade individual e na necessidade de respeitá-la. Paula Cunha
ResponderExcluir;-)
Excluir:-)
ResponderExcluirFantástico! A imagem do Lennon se encaixou perfeitamente com a postagem!
ResponderExcluirbacana!
Excluir