Crianças em uma aula de Yoga (via Humans of Amsterdam) |
Faz 13 anos que eu não leciono e com isso quero
dizer que não atuo como professor, em sala de aula. Eu trabalhei, anteriormente, como professor. Foram 12 anos lecionando. Na instituição escolar é mais
comum observar a incorporação destes papéis: o do aluno e o do professor. Embora há pessoas que estão nas escolas, mas que não pertencem ainda a ela ou
mesmo que já não pertencem mais a esse perfil de instituição.
Para mim é mais fácil, hoje, entender o mundo todo como uma escola
e que frequentamos, mais amiúde e para o nosso proveito, durante esta experiência corpórea.
Neste planeta estão aprendizes e educadores. Evidentemente, esses papéis podem ser trocados.
Não sabemos, nesta escola que é o mundo, quando deixamos de aprender e de
ensinar. Com o tempo, no entanto, é possível perceber que nela quem mais aprende
é quem ensina.
Sempre me surpreendo, quando
me vejo sendo ainda valorizado por aqueles que em momento anterior me encontraram, na condição de professor, quando eu inclusive ainda não sabia nada saber. Foi o que me aconteceu ao
acordar esta manhã: uma ex-aluna deixara uma mensagem na
minha time line, no facebook:
Porque
foi você, o melhor professor que tive na vida, e porque olhou para mim como
todo professor deveria olhar para um aluno, e porque acreditou em mim mais do que
eu mesma acreditava. Com todo respeito e admiração. Feliz dia dos professores.
Fiquei emocionado. Afinal,
ela está se reportando a algo que, sem dúvida, ocorreu e que ainda pode ser uma atitude
possível para o professor. Ou seja, ser um profissional que acredita, respeita e admira a pessoa do aluno naquilo que de fato representa suas possibilidades, algo que está ali como riqueza latente, como promessa de futuro eterno e bom.
Que alegria ser assim reconhecido, mas, sobretudo, tendo sido assim lá atrás, nesse passado próximo - quando também a mim parece evidente que eu assim o era - sem ter precisado “estudar” muito para
isso: a não ser na própria escola da(s) vida(s).
Ah, sim, eu também considero o tanto que há de solidariedade natural da(s) existência(s), bem como o que há aí de possível reencontro. Afinal, tem gente que a gente ama muito facilmente,
graças a Deus!
É assim mesmo, Josafá! Quando um professsor recebe uma manifestação de cariho e reconhcecimento do aluno, ele percebe como é gratificante o que ele faz, mas, principalmente, como aquilo que faz se torna muito mais que passar conhecimento. Este é o verdadeiro professor, cujos alunos sempre se lembrarão.
ResponderExcluirParabéns pelo seu dia, professor!
Acho maravilhoso esse reconhecimento e que existam pessoas que entendam do que estamos falando, ou seja, um outro tipo de reconhecimento...
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